Azerbaijão firma parceria com Brasil para oferecer bolsas de pesquisa

O governo do Azerbaijão vai oferecer bolsas de estudos a estudantes brasileiros para diferentes campos de pesquisa, da graduação ao mestrado. A informação foi adiantada pelo vice-ministro de relações exteriores, Elnur Mammadov, à Agência Brasil. A parceria no campo da educação foi formalizada, na segunda (1º), em encontro com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. “Isso é uma nova página em nossa cooperação entre os dois países”, disse a autoridade diplomática do país localizado entre a Europa e a Ásia. Ainda não foi definida a quantidade de bolsas, mas já se sabe que as áreas de principal interesse são energia renovável e transformação digital, que inclui a conectividade, transportes e a inteligência artificial. A divulgação das vagas será feira pelo Ministério da Educação do Brasil. O vice-ministro explicou que o país tem gerado mais de 100 oportunidades por ano nas universidades locais a estudantes de diferentes nacionalidades. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Aprofundamento de relações Segundo Mammadov, o objetivo dos dois países é aprofundar e estreitar as relações no campo da pesquisa. Ele ressaltou que o Azerbaijão tem interesse especial nos trabalhos que são desenvolvidos, por exemplo, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), particularmente no desenvolvimento da agricultura sustentável. No campo comercial, o Azerbaijão é fornecedor de fertilizantes para os produtores rurais brasileiros. Em contato com o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e com o chanceler, Mauro Vieira, nesta semana, Mammadov enfatizou o interesse no aprofundamento das relações comerciais. Uma das questões importantes discutidas foi a de estabelecer uma plataforma econômica para os dois países. “As relações também podem ser estreitadas e ampliadas. Outra coisa importante é que estamos comprando muito açúcar do Brasil. Se você olhar as estatísticas, a comercialização deste ano dobrou em relação ao ano passado”. De Baku a Belém Os laços entre Brasil e Azerbaijão também se consolidaram nos contatos estabelecidos com os responsáveis pela última Conferência do Clima, a COP29, que ocorreu na capital do país, a cidade de Baku. Neste ano, a COP30 será no Brasil, em Belém (PA). As nações concordam com as responsabilidades dos países desenvolvidos no enfrentamento às mudanças do clima. “É claro que os países possuem opiniões diferentes, especialmente com relação ao financiamento das mudanças climáticas”. Educação
Brasil Soberano será tema do desfile de 7 de setembro em Brasília

Brasil Soberano será o tema central do desfile cívico-militar de 7 de setembro, em Brasília, no próximo domingo (7). O evento começa às 9h na Esplanada dos Ministérios e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de ministros e outras autoridades. A soberania do país será destacada por meio de três eixos temáticos, dois deles intitulados Brasil dos Brasileiros e Brasil do Futuro. Um terceiro eixo trata da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, em novembro, e do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, há a programação tradicional das tropas das Forças Armadas, como os desfiles motorizado e da cavalaria, a apresentação da pirâmide humana e da Esquadrilha da Fumaça e honras militares. Brasil Soberano também é o nome do plano lançado pelo governo federal para amparar empresas que tenham prejuízo com as recentes medidas anunciadas pelos Estados Unidos, de taxar em 50% as exportações brasileiras. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Para o desfile de 7 de Setembro, o público poderá acessar as arquibancadas na Esplanada dos Ministérios a partir das 6h30, com pontos de revista instalados. Estão proibidos itens como armas, objetos cortantes, substâncias inflamáveis, recipientes de vidro, fogos de artifício, mochilas de grande porte, barracas e drones sem autorização. A segurança já está reforçada na região em razão do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus, por tentativa de golpe de Estado. Para o desfile, o trânsito de carros será interditado na tarde do sábado (6). O Comando Móvel da Polícia Militar do Distrito Federal estará presente no local, no domingo. Politica
Governo abre crédito extra de R$ 30 bilhões para Plano Brasil Soberano

O governo federal publicou medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 30 bilhões para a execução do Plano Brasil Soberano, que visa amparar empresas que tenham prejuízo com as recentes medidas anunciadas pelos Estados Unidos, de taxar em 50% as exportações brasileiras. A MP assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. O plano foi anunciado por Lula no dia 13 de agosto e os recursos serão aportados no Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para crédito com taxas acessíveis. Serão priorizadas as empresas que não têm alternativas à exportação aos Estados Unidos, de acordo com a dependência do faturamento, tipo de produto e porte de empresa. As pequenas e médias empresas também poderão recorrer a fundos garantidores para receber o crédito e o acesso às linhas estará condicionado à manutenção do número de empregos. Também serão feitos aportes adicionais de R$ 1,5 bilhão no Fundo Garantidor do Comércio Exterior (FGCE), de R$ 2 bilhões no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e R$ 1 bilhão no Fundo de Garantia de Operações (FGO), do Banco do Brasil, voltados prioritariamente ao acesso de pequenos e médios exportadores. O tarifaço imposto ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, adotada pelo presidente Donald Trump, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de reverter a relativa perda de competitividade da economia dos Estados Unidos para a China nas últimas décadas. No dia 2 de abril, Trump impôs barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, na ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%. Porém, em 6 de agosto, entrou em vigor a tarifa adicional de 40% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo Trump, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022. Há uma lista de exceções e, de tudo que é exportado pelo Brasil ao país norte-americano, 35,6% estão sob uma tarifa de 50%. Acesso aos recursos Poderão acessar as ações previstas no Plano Brasil Soberano as pessoas jurídicas de direito privado que realizam exportação aos Estados Unidos de bens que foram afetados pelas tarifas e que sejam registradas nos sistemas oficiais de comércio exterior. Também podem aderir as pessoas físicas que exportam bens para os Estados Unidos em caráter empresarial ou profissional, devidamente registradas como exportadoras junto aos órgãos competentes, na categoria de empresas individuais, microempreendedores individuais (MEI) e produtores rurais com CNPJ. Para ter acesso às ações de crédito e garantia previstas, é necessário estar em situação regular na Receita Federal do Brasil (RFB) e na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) quanto a tributos e contribuições federais. Não poderá se beneficiar das medidas quem estiver sob regime de recuperação judicial ou extrajudicial, falência ou liquidação, exceto se demonstrado plano de recuperação aprovado judicialmente. O acesso às medidas do plano será dado com prioridade às empresas que tenham registrado, entre julho de 2024 e junho de 2025, no mínimo 5% do faturamento total proveniente de exportações de produtos impactados pelas tarifas adicionais dos Estados Unidos. Aquelas empresas cujo percentual do faturamento bruto decorrente de exportações de produtos impactados seja igual ou superior a 20% do faturamento total apurado no mesmo período poderão acessar linhas de financiamento em condições mais favoráveis. No caso das garantias do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC-FGI Solidário), apenas as empresas com faturamento bruto anual de até R$ 300 milhões no ano anterior à contratação (MPMEs) terão acesso. Além da ampliação das linhas de financiamento às exportações, entre as medidas econômicas, o Plano Brasil Soberano prevê a prorrogação da suspensão de tributos para empresas exportadoras; aumento do percentual de restituição de tributos federais via Reintegra; e facilitação da compra de gêneros alimentícios por órgãos públicos. Economia Gov BR
Eliminatórias: Brasil inicia preparação para jogo contra o Chile

A seleção brasileira iniciou, nesta segunda-feira (1) na Granja Comary, em Teresópolis, a preparação para o jogo contra o Chile. O confronto, que será realizado a partir das 21h30 (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (4) no estádio do Maracanã, vale pela 17ª, e penúltima, rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Na atividade realizada nesta segunda, o técnico italiano Carlo Ancelotti não pôde contar com cinco jogadores, que ainda não se apresentaram: Alisson, Caio Henrique, Gabriel Magalhães, Raphinha e Gabriel Martinelli. Além disso, Jean Lucas, Lucas Paquetá e Samuel Lino, que estiveram em ação no último domingo (31), não foram a campo e realizaram apenas atividades regenerativas. Um dos jogadores a participar do treinamento foi o atacante Estêvão. Segundo o atleta do Chelsea (Inglaterra), o Brasil deve esperar dificuldades tanto diante do Chile como da Bolívia, adversária que a seleção encara na próxima semana na altitude de El Alto: “São partidas bem difíceis. Contra o Chile, estaremos ao lado da nossa torcida no Maracanã, o que será importante para a gente. E na Bolívia tem a altitude, vamos dar o nosso máximo, claro que nunca é fácil jogar lá. Mas, se Deus quiser, tudo correrá bem”. Independentemente do resultado, o jogo contra o Chile será especial, pois marcará a despedida da seleção brasileira do público nacional em 2025, além de ser o primeiro compromisso do te Carlo Ancelotti à frente do Brasil no Maracanã. EBC Esporte
Brasil é campeão da AmeriCup de basquete após 16 anos de jejum

Após um hiato de 16 anos, a seleção brasileira masculina de basquete voltou a conquistar um título da AmeriCup, a Copa América da modalidade. A final em Manágua (Nicarágua), no na noite de domingo (31), colocou frente a frente rivais históricos: Brasil e Argentina. O clássico foi equilibrado desde o início, e no final a amarelinha levou a melhor por 55 a 47. A vitória sobe os argentinos veio em clima de revanche. Há três anos, na AmeriCup em Recife (PE), a seleção chegou à final, mas ficou com o vice-campeonato, após revés para os hermanos por 75 a 73. O título da AmeriCup foi o quinto do Brasil em 20 edições da competição – o último havia sido em 2009. Na terceira posição ficaram os Estados Unidos que derrotaram o Canadá (90 a 85) na luta pelo bronze. A campanha brasileira somou cinco vitórias em seis partidas – o único revés foi para os Estados Unidos no último jogo da primeira fase, quando a seleção já estava classificada às quartas. Bom dia pra quem acordou CAMPEÃO das Américas! 😁🇧🇷 O troféu da AmeriCup está sendo bem cuidado. Dormiu acompanhado do nosso MVP @Ymateus02! 😈 pic.twitter.com/QvTolrWGYW — Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) September 1, 2025 Em noite inspirada, o armador Yago Santos foi o maior pontuador da partida, com 14 pontos (três triplos) e cinco assistências. Quem também sobressaiu em quadra foi o ala Bruno Caboclo com 11 pontos e sete rebotes. Também marcaram Gui Deodato (nove pontos) e Vítor Benite (oito) também foram decisivos para a vitória. “Precisamos olhar para tudo o que cada jogador fez aqui e nos orgulhar de ganhar um título. E, além disso, contra a Argentina, o que torna tudo ainda melhor — especialmente em um torneio que já havíamos perdido antes… Então, sim, temos que comemorar; todos precisam se orgulhar do que fizeram. E temos que pensar nos próximos passos, porque é isso que queremos — colocar o Brasil cada vez mais alto no topo”, projeto o armador de 26 anos, durante coletiva de imprensa após a final. Yago também foi eleito MVP (Most Valuable Player), o melhor jogador da competição na tradução em português. Ele foi escolhido para o All Star Five (quinteto ideal) da AmeriCup junto com Caboclo. Os outros três atletas do time ideal foram o argentino Juan Fernández, o norte-americano Javonte Smart e o canadense Kyshawn George. O técnico Aleksandar Petrovic, que retornou ao comando da seleção há um ano e quatro meses, considerou crucial para a conquista do título o poder defensivo da equipe ao longo do torneio. “Eu sempre disse ao time que o ataque pode vencer um único jogo, mas para ganhar o título, você tem que defender. Estou muito feliz porque fizemos isso, conseguimos mudar nossa mentalidade”, elogiou o treinador. O próximo compromisso da seleção será o torneio classificatório (eliminatórias) para a Copa do Mundo de basquete de 2025, com previsão de início em novembro. O Brasil está no Grupo C, junto com Venezuela, Colômbia e Chile. Histórico de jogos do Brasil na AmeriCup 23 de agosto – primeira fase – Brasil 81 x 76 Uruguai 24 de agosto – primeira fase – Brasil 84 x 66 Bahamas 26 de agosto – primeira fase – Brasil 78 x 90 Estados Unidos 28 de agosto – quartas de final – Brasil 94 x 82 República Dominicana 30 de agosto – semifinal – Brasil 92 x 77 Estados Unidos 31 de agosto – final – Brasil 55 x 47 Argentina EBC Esporte
Brasil bate pela 1ª vez marca de 5 milhões de barris de petróleo e gás

O Brasil superou em julho, pela primeira vez na história, a marca de 5 milhões de barris de petróleo e gás natural produzidos por dia. O recorde de 5,160 milhões foi divulgado nesta segunda-feira (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulador da indústria de óleo e gás. Em relação somente ao petróleo, o boletim mensal da ANP aponta que a produção no mês foi de 3,959 milhões de barris diários, aumento de 5,4% ante junho e de 22,5% perante julho de 2024. Já a produção de gás natural em julho foi de 190,89 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), expansão de 5,1% ante junho e de 26,1% na comparação com julho de 2024. A produção nos campos do pré-sal respondeu em julho por 79,1% do total, atingindo 4,077 milhões de barris por dia. Esse volume representa alta de 5,6% em relação ao mês anterior e de 24,2% ante julho de 2024. O óleo e o gás do pré-sal foram extraídos de 169 poços. O campo mais produtivo é o de Tupi, na Bacia de Santos. De lá saíram praticamente 800 ml barris por dia de petróleo. Em termos individuais, a plataforma que mais contribuiu para o recorde do mês foi o FPSO (navio-plataforma) Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, também na Bacia de Santos, com 184,3 mil barris de petróleo diários. Origem da produção A ANP explica que as variações no volume de produção são causadas por fatores como paradas programadas de plataformas para manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de instalação de plataformas, entre outros. De todo o petróleo produzido no Brasil em julho, 97,7% vêm de campos marítimos. Em relação ao gás natural, 86,1% vêm dos mares. A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, é responsável por 89,78% do total de petróleo e gás natural produzidos. O Rio de Janeiro é o principal estado produtor, com 88% do petróleo nacional e 77% do gás natural. De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa empresas do setor, o Brasil é o 8º maior produtor de petróleo no mundo. Os cinco maiores produtores – Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã – são responsáveis por metade da produção mundial. Queima de gás Em termos de aproveitamento de gás, a ANP informa que atingiu a marca de 97,1%, ou seja, menos de 3% do gás proveniente dos poços é queimado na atmosfera. A maior parte (54%) é reinjetada nos poços, 33% são disponibilizados ao mercado e 10% são utilizados como fonte de energia pelas próprias plataformas. Economia Gov BR
Brasil vence e pega França nas quartas do Mundial de vôlei feminino

A seleção feminina de vôlei se classificou às quartas de final do Campeonato Mundial da modalidade, disputado na Tailândia. Neste domingo (31), em Bangkok, as brasileiras superaram a República Dominicana por 3 sets 1, de virada, com parciais de 18/25, 25/12, 25/20 e 25/12. O Brasil volta a jogar na quinta-feira (4), em horário a ser confirmado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), contra a França. As adversárias se garantiram nas quartas ao surpreenderem a China por 3 sets a 1 (25/20, 27/25, 22/25 e 25/20). A ponteira Gabi, capitã da seleção brasileira, foi a protagonista do jogo, com 21 pontos, sendo 17 em ataques, três em bloqueios e um ace (nome dado ao ponto direto de saque). A também ponteira Júlia Bergmann (12 pontos), a oposta Rosamaria (11 pontos) e a levantadora Roberta (quatro pontos, sendo três em aces) foram outros destaques do time de José Roberto Guimarães. Seleção brasileira vence e enfrenta a França nas quartas do Mundial de vôlei – Foto: FIVB/Divulgação “Foi uma vitória muito importante para nós. Era nosso primeiro jogo eliminatório no campeonato e estou orgulhosa do trabalho que fizemos juntas para chegar à vitória. Acho que os dois times tiveram dificuldades no primeiro set, mas ficamos em uma melhor condição para vencer quando encaixamos nosso saque”, analisou Rosamaria, em depoimento ao site da FIVB. Brasileiras e francesas já se enfrentaram na primeira fase deste Mundial. Na ocasião, a equipe verde e amarela sofreu, mas ganhou por 3 sets a 2, de virada, com parciais de 21/25, 20/25, 25/15, 25/17 e 15/13. O duelo foi válido pelo Grupo C da competição. Quem vencer a disputa entre Brasil e França encara o ganhador de Itália e Polônia, que se enfrentam quarta-feira (3), às 10h30 (horário de Brasília). As brasileiras buscam um título inédito, após quatro vice mundiais. O último na edição passada, em 2022, quando foram superadas pela Sérvia. EBC Esporte
Brasil decide Copa América de basquete masculino contra Argentina

A seleção masculina de basquete decide a AmeriCup neste domingo (31), às 21h10 (horário de Brasília), contra a Argentina. Os brasileiros se garantiram na final do torneio, disputado em Manágua, capital da Nicarágua, com uma vitória heroica sobre os Estados Unidos, no último sábado (30), por 92 a 77. O triunfo diante dos norte-americanos foi marcado pela grande atuação do Brasil no último dos quatro períodos. A seleção verde e amarela fez 34 pontos contra nove dos adversários, que chegaram a ter 20 pontos de vantagem na volta do intervalo. O cestinha da vitória brasileira foi o armador Yago, com 25 pontos e 12 assistências. Os alas Lucas Dias (18 pontos e 13 rebotes) e Bruno Caboclo (20 pontos – 11 no último período – e nove rebotes) também se destacaram. “O time mostrou que tem uma real força mental. Jogar contra os Estados Unidos e ficar 15 pontos atrás, realmente foi duro. Acho que a parte psicológica é o que mais me orgulha nesse time. É um grupo jovem, capaz de vencer nos momentos duros”, celebrou o armador Vitor Benite, em depoimento ao site da Federação Internacional de Basquete (Fiba). “Acho que foi nossa maior virada desde que cheguei à seleção brasileira. A energia no ginásio foi incrível e acredito que todos sentiram. Estou realmente orgulhoso, mas não estamos satisfeitos. Temos um desafio mais”, destacou o armador Georginho, também ao site da Fiba. A final deste domingo reedita a da última AmeriCup, no Recife, há três anos. Na ocasião, os argentinos levaram a melhor por 75 a 73. Do elenco que está na Nicarágua, quatro jogadores estiveram naquela campanha: Yago, Lucas Dias, Benite e Georginho. Os hermanos venceram o Brasil na decisão de 2011, em que foram anfitriões. O Brasil não vence a Copa América de basquete masculino desde 2009, quando foi campeão em Porto Rico, contra os donos da casa. O país tem quatro títulos na competição e fica atrás somente dos Estados Unidos entre os maiores ganhadores. Os norte-americanos têm sete conquistas. Os argentinos têm três e podem se igualar aos brasileiros. EBC Esporte
Saúde quer padronizar abordagem para eliminação do tracoma no Brasil

O Ministério da Saúde busca uma parceria junto ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular para padronizar as intervenções para controle do tracoma, doença inflamatória ocular. A proposta é normatizar procedimentos cirúrgicos relacionados à triquíase tracomatosa, condição ocular grave que figura como sequela do tracoma. Em entrevista à Agência Brasil, a consultora técnica da Coordenação-Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do ministério, Maria de Fátima Costa Lopes, detalhou que a parceria incluiria a condução de técnicas cirúrgicas, de pré e pós-operatório, de avaliação dos pacientes, de encaminhamento e de capacitação de oftalmologias em áreas de difícil acesso e onde há maior dificuldade de consultas com oftalmologista. Segundo Maria de Fátima, a pasta vem registrando casos de triquíase tracomatosa em aldeias indígenas brasileiras. A proposta do governo federal é unir esforços junto ao CBO e aos cirurgiões plásticos oculares para controlar a incidência e, posteriormente, buscar a validação da eliminação do tracoma como problema de saúde pública junto à Organização Mundial da Saúde (OMS). O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, Filipe Pereira, diz ver a proposta de parceria com “os melhores olhos possíveis”, em razão da ausência de dados e informações sobre o cenário real do tracoma no Brasil. “Só um trabalho em conjunto mesmo pra dar conta”. Segundo Filipe Pereira, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular tem uma proposta de fazer o mapeamento de onde estão os médicos, principalmente os credenciados no Sistema Único de Saúde, para poder viabilizar os atendimentos e as cirurgias corretivas dos casos de triquíase tracomatosa. “Tínhamos um diagnóstico de erradicação, algumas décadas atrás. Depois, foi visto que não era bem assim, que existia sim a doença ativa. Agora, os dados não estão tão precisos. A gente não tem um perfil epidemiológico dessa doença. A gente tem realmente que refazer, meio que recomeçar todo o mapeamento e toda a estruturação, pra poder mapear, tratar [a doença] e tratar sequelas”, completou. A presidente do CBO, Vilma Lelis, avaliou que a proposta de criar uma rede de referenciamento de oftalmologistas que possam auxiliar no combate ao tracoma e à triquíase tracomatosa precisa levar em consideração um ponto-chave: o fato de que a maioria dos pacientes, hoje, está em aldeias indígenas. “O acesso a eles para fazer o diagnóstico, e o acesso deles até um centro que faça tratamento têm peculiaridades. E essas peculiaridades, a gente está discutindo como resolver, para que seja eficiente esse caminho”, disse. “Podemos buscar esses casos para que, depois, eles sejam referenciados para os nossos médicos oftalmologistas especialistas nesse padrão de tratamento.” “Hoje, sabemos que existe tracoma no Brasil e que existem complicações do tracoma. À medida em que o tempo for passando e formos conseguindo obter esses dados através dessas avaliações que nós propusemos, vamos começar a ter uma certa noção de qual a prevalência dessa doença no nosso país”, concluiu. *A repórter viajou a convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Fonte
Lula diz que “não tem pressa” para aplicar reciprocidade contra os EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (29), que “não tem pressa” para aplicar a Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos, mas que o processo precisa andar, inclusive, para tentar acelerar as negociações com o país norte-americano sobre o tarifaço de 50% aplicado aos produtos do Brasil. Lula autorizou a aplicação da nova legislação, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em abril, e a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deu início ao processo que tem, entre suas etapas, a de notificar os Estados Unidos sobre a resposta brasileira à aplicação das tarifas. “Eu não tenho pressa de fazer qualquer coisa com a reciprocidade contra os Estados Unidos. Tomei a medida porque eu tenho que andar o processo”, disse Lula em entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte. A lei permite ao Brasil dar uma resposta a eventuais medidas unilaterais adotadas por outros países contra produtos brasileiros, como as sobretaxas adotadas pelos EUA. “Se você for tentar andar na forma que todas as leis exigem, o comportamento da Organização Mundial do Comércio [OMC], das regras, você vai demorar um ano. Então, nós temos que começar, nós já entramos com o processo na Organização Mundial do Comércio. Nós temos que dizer para os Estados Unidos que nós temos coisas para fazer contra os Estados Unidos. Mas eu não tenho pressa, porque eu quero negociar”, afirmou. O tarifaço imposto ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, inaugurada pelo presidente Donald Trump, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de reverter a relativa perda de competitividade da economia dos Estados Unidos para a China nas últimas décadas. No dia 2 de abril, Trump impôs barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, na ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%. Porém, em 6 de agosto, entrou em vigor a tarifa adicional de 40% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo Trump, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022. De tudo que é exportado pelo Brasil ao país norte-americano, 35,6% estão sob uma tarifa de 50%. Lula reafirmou a soberania do país e disse que se as autoridades norte-americanas quiserem “negociar sério com o Brasil” sobre as questões comerciais, “nós estaremos dispostos a negociar 24 horas por dia”. Todavia, ele argumentou que as autoridades brasileiras estão com pouco espaço de negociação nos Estados Unidos. Ele lembrou que o vice-presidente Geraldo Alckmin lidera a missão de buscar novos acordos, junto com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “Até agora nós não conseguimos falar com ninguém […]. Então eles não estão dispostos a negociar. Se o Trump quiser negociar, o Lulinha paz e amor está de volta”, disse Lula, afirmando que não vai telefonar para o presidente dos Estados Unidos. “Não tentei ligar. Eu não tenho nenhum problema de falar com quem quer que seja, ele tem que dar um sinal de que quer negociar. Porque as pessoas falam para ligar para o Trump, mas se o secretário de Tesouro não falou com Haddad, se o Alckmin não conseguiu falar com o cidadão do comércio, porque as pessoas acham que o telefonema meu para o Trump iria resolver?”, argumentou Lula. Crime organizado Durante a entrevista à Rádio Itatiaia, Lula comentou as operações policiais que investigam a atuação de grupos criminosos na cadeia produtiva de combustíveis para lavagem de dinheiro oriundo de facções do narcotráfico Segundo ele, é “a operação mais importante da história” para “pegar no andar de cima”. “Por enquanto [as autoridades de investigação] só iam no andar de baixo. Agora, nós queremos saber quem é que, efetivamente, faz parte do crime organizado. Quem fizer vai aparecer”, prometeu Lula. “O crime organizado hoje é uma coisa muito sofisticada, porque ele está na política, no futebol, na Justiça, ele está em tudo quanto tem lugar. Está em tudo, é um braço internacional muito poderoso. Tem relações com o mundo inteiro, é uma verdadeira multinacional”, acrescentou o presidente. As investigações apuraram um sofisticado esquema que utilizava fundos de investimentos, por meio de fintechs, para ocultar patrimônio de origem ilícita, com indícios de ligação com facções criminosas. A Justiça Federal autorizou o sequestro de fundos dos investigados, além do bloqueio de bens e valores até o limite de cerca de R$ 1,2 bilhão, valor correspondente às autuações fiscais já realizadas. Politica