Seis filmes seguem na disputa para representar o Brasil no Oscar 2026

A Comissão de Seleção da Academia Brasileira de Cinema elegeu os seis filmes nacionais que seguem na disputa para representar o Brasil como candidato ao Oscar 2026 na categoria de Melhor Filme Internacional. Após reunião nesta segunda, foram escolhidos os filmes: “Oeste Outra Vez”, vencedor em várias categorias no Festival de Gramado do ano passado, entre elas, melhor filme; “O Último Azul”, vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim 2025; “O Agente Secreto”, que venceu dois prêmios na edição mais recente do Festival de Cannes – melhor diretor para Kleber Mendonça Filho e melhor ator para Wagner Moura; o filme “Manas”, dirigido por Marianna Brennand, que recebeu mais de 20 prêmios em festivais de cinema internacionais; Kasa Branca, de Luciano Vidigal, que recebeu quatro prêmios no Festival do Rio, entre eles o de Melhor Direção; e a obra com temática LGBTQIA+ “Baby” de Marcelo Caetano, que recebeu prêmios em vários festivais como o de Cannes. Os seis selecionados fazem parte de uma lista de 16 obras inscritas, inicialmente. Mas, para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional, somente um, entre os SEIS escolhidos nesta segunda, segue com a possibilidade de representar o Brasil numa vaga na premiação americana. A Comissão da Academia Brasileira de Cinema é composta por 15 membros titulares: 12 eleitos em votação entre os sócios da Academia e outros 3 membros, indicados pela diretoria; todos são do setor cinematográfico brasileiro, mas não necessariamente associados à Academia. Na próxima segunda-feira, 15 de setembro, o Comitê se reúne mais uma vez para a decisão final do título brasileiro escolhido. O anúncio oficial de todos os indicados ao Oscar está previsto para 22 de janeiro do ano que vem; e a cerimônia de entrega das estatuetas está marcada para 15 de março de 2026. *Reportagem de Madson Euler Cultura
Brasil registra um caso de envenenamento a cada duas horas

Ao longo dos últimos 10 anos, o Brasil contabilizou 45.511 atendimentos em emergências da rede pública relacionados a envenenamento que precisaram de internação. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (8) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). O levantamento mostra que, além de envenenamentos classificados como acidentais ou indeterminados, 3.461 pacientes internados via Sistema Único de Saúde (SUS) sofreram intoxicação proposital causada por terceiros. Com base na série histórica, o país registrou média de 4.551 casos de envenenamento ao ano no período entre 2009 e 2024. “Esse índice fica em torno de 379 registros ao mês e 12,6 ao dia. Isso significa que, a cada duas horas, uma pessoa deu entrada numa emergência da rede pública em consequência de ingestão de substâncias tóxicas ou que causaram reações graves dentro do período analisado”, alertou a Abramede, em nota. No comunicado, a entidade reforça a relevância de médicos emergencistas em situações críticas, incluindo casos de envenenamento, e alerta para a facilidade de acesso a venenos, para a falta de fiscalização e de regulamentação, para a impunidade e para o uso em contextos íntimos – muitas vezes, com motivações emocionais. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Substâncias De acordo com o levantamento, envenenamentos relacionados a drogas, medicamentos e substâncias biológicas não especificadas (6.407 casos), a produtos químicos não especificados (6.556) e a substâncias químicas nocivas não especificadas (5.104) aparecem no topo da lista. O estudo mapeou ainda as principais causas identificadas em episódios acidentais de envenenamento. Nesse recorte, envenenamentos por exposição a analgésicos e a medicamentos para aliviar dor, febre e inflamação lideram a lista, com 2.225 casos. Na sequência, aparecem episódios envolvendo pesticidas (1.830), álcool por causas não determinadas (1.954) e anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos (1.941). Regiões A distribuição geográfica mostra que o Sudeste concentra quase metade dos casos, com mais de 19 mil ocorrências em 10 anos. O estado de São Paulo responde, sozinho, por 10.161 registros, seguido por Minas Gerais (6.154). O Sul aparece em segundo lugar, com 9.630 atendimentos — sendo o Paraná (3.764)) e o Rio Grande do Sul (3.278 mil) os estados mais afetados. Já o Nordeste totalizou 7.080 casos, com destaque para a Bahia (2.274) e Pernambuco (949). No Centro-Oeste, foram 5.161 internações por envenenamento, lideradas pelo Distrito Federal (2.206 casos) e por Goiás (1.876l). A Região Norte, embora com menor peso absoluto, somou 3.980 registros no período, liderados pelo Pará (2.047) e por Rondônia (936). Mortes Ao analisar as 3.461 internações por intoxicação proposital ou causada por terceiros, novamente, a maioria dos casos se concentra na Região Sudeste, com 1.513 casos ao longo do período analisado. No entanto, as outras cinco aparecem com totais muito próximos: o Sul registrou 551 ocorrências, o Nordeste, 492 ocorrências, o Centro-Oeste, 470 ocorrências, e o Norte, 435 ocorrências. Em números absolutos, ocupam o topo do ranking os seguintes estados: São Paulo (754 casos), Minas Gerais (500 casos), Pará (295 casos), Paraná (289 casos), Goiás (248 casos), Bahia (199 casos), Rio de Janeiro (162 casos) e Santa Catarina (153 casos). No outro extremo aparecem Amapá (16 casos), Sergipe (8 casos), Alagoas (4 casos), Acre (3 casos) e Roraima (1 caso). Perfil das vítimas Os dados trazem também informações gerais sobre o perfil das vítimas de envenenamento, seja proposital ou acidental, sendo que a maioria dos casos envolve homens (23.796 registros). Com relação à idade das vítimas, o destaque são adultos jovens com idade entre 20 anos e 29 anos, que respondem por 7.313 registros, e crianças de 1 a 4 anos, que concentram 7.204 registros. As faixas com menos casos são bebês com menos de 1 ano e idosos, com idade entre 70 e 79 anos (com 1.612 registros) e com 80 anos ou mais (968). Casos recentes Em dezembro de 2024, três pessoas de uma mesma família morreram no município de Torres (RS) após consumirem um bolo contaminado com arsênio. A nora da mulher que preparou o bolo foi presa acusada de ter envenenado a farinha usada no alimento. Em janeiro de 2025, uma refeição adulterada com inseticida e oferecida durante uma ceia de Réveillon na cidade de Parnaíba (PI) deixou nove pessoas intoxicadas, das quais cinco morreram em decorrência do envenenamento – incluindo um bebê de menos de 2 anos. Em abril, no município de Imperatriz (MA), duas crianças perderam a vida após comerem um ovo de Páscoa envenenado. A mãe das crianças também comeu o alimento e precisou ser hospitalizada. Também em abril, na capital do Rio Grande do Norte, um açaí entregue em domicílio resultou na morte de uma bebê de 8 meses e deixou uma mulher em estado grave. O alimento, como em diversos casos anteriores, teria sido enviado como presente para uma das vítimas. Fonte
Desfile de 7 de Setembro expõe o vazio do governo Lula e o desânimo da população

O desfile cívico-militar de 7 de setembro deste ano, que deveria ser uma grande celebração da Independência do Brasil, mais uma vez evidenciou o cenário de estagnação política e o esvaziamento do apoio popular ao governo Lula. Em Brasília, a presença irrelevante de público nas arquibancadas mostrou o afastamento da população, cansada de um governo que pouco entrega e muito empobrece o país. Apesar da tradicional pompa oficial, com a presença de ministros e das Forças Armadas, as arquibancadas estavam praticamente vazias. Imagens aéreas mostram um público reduzido e frio, especialmente para um feriado tão simbólico. Mesmo com a convocação de assessores e militantes para preencher o evento, não foi possível mascarar o fracasso do governo em mobilizar efetivamente a sociedade. O presidente Lula, ao invés de realizar um discurso firme e vibrante pela soberania nacional, limitou-se a acenar timidamente para um público distante e desinteressado, reforçando a sensação de desconexão com a população. Essa desconexão reflete também nas ruas, onde as mesmas manifestações oficiais não conseguem mais atrair apoio expressivo popular. A falta de entusiasmo popular expressa no desfile é um sintoma claro da crise política e econômica que o Brasil atravessa. Enquanto líderes da oposição e movimentos de direita ocupavam as ruas em diversas capitais, ecoando críticas veementes ao Supremo Tribunal Federal e pedindo anistia para presos políticos, o governo atual segue isolado em sua própria bolha. Este 7 de setembro reafirma a necessidade urgente de mudança e renovação política no país. O descaso da gestão Lula, marcado pelo discurso vazio e pelos resultados pífios, isolou ainda mais o governo diante do povo brasileiro.
Não há “ditadura da toga” no Brasil, afirma Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou suas redes sociais para rebater as recorrentes críticas ao Poder Judiciário brasileiro. Em uma postagem publicada no início da noite na rede X, Mendes defendeu a atuação da Corte, afirmando que o STF atua como guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando garantias fundamentais. “No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, escreveu Mendes, poucas horas após atos organizados por políticos de direita e grupos religiosos terem reunido milhares de manifestantes a favor da anistia do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e de réus condenados pelos atos do 8 de Janeiro e do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. “Não há, no Brasil, ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”, afirmou Mendes Segundo ele, os ministros da Corte vêm atuando de forma a preservar as chamadas garantias fundamentais – ou seja, os direitos e proteções asseguradas na Constituição Federal a todos os cidadãos brasileiros. Sem mencionar nomes, Mendes teceu críticas alusivas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, lembrando das recorrentes críticas do ex-presidente e de seus apoiadores ao sistema eleitoral brasileiro e a gestão da pandemia da covid-19 pelo governo Bolsonaro, entre outros episódios. “Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia; vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades; ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes; acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, comentou o ministro. Mais cedo, em evento na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre tentativa de golpe de Estado, como “tirania”. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que tá acontecendo nesse país ” Tarcísio, durante o ato na Paulista. “O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, concluiu o ministro Gilmar Mendes. Politica
Jogadores do Brasil destacam desafio de jogar na altitude da Bolívia

Na próxima terça-feira (9) o Brasil visita a Bolívia na cidade de El Alto em seu último compromisso pela atual edição das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. E o desafio de atuar sob os efeitos dos 4.150 metros de altitude é assunto entre os jogadores da seleção brasileira. Segundo o zagueiro Gabriel Magalhães, do Arsenal (Inglaterra), que foi titular na vitória de 3 a 0 sobre a Bolívia na última quinta-feira (4), o Brasil deve entrar em campo para medir forças com a Bolívia sem temer os efeitos da altitude: “Não temos que pensar em altitude e, sim, que vestimos a camisa da seleção brasileira, para fazer um grande jogo e sairmos vitoriosos. Sabemos das dificuldades, mas temos também que saber o que precisamos fazer dentro de campo e estamos preparados para isso”. Quem tem opinião semelhante é o atacante Gabriel Martinelli, também do Arsenal, que aposta em um triunfo do Brasil do técnico italiano Carlo Ancelotti: “Só não vejo a hora de chegar o jogo, estou preparado. O nosso foco é estar o melhor possível para o jogo e ganhar a partida da melhor maneira possível, jogando o nosso futebol. Com certeza é um ponto que atrapalha, mas a gente está focado”. Brasil e Bolívia medem forças a partir das 20h30 (horário de Brasília) da próxima terça-feira (9) no Estádio Municipal de El Alto, na cidade de El Alto. EBC Esporte
Brasil garante bronze no Campeonato Mundial de vôlei feminino

A seleção brasileira conquistou a medalha de bronze do Campeonato Mundial de vôlei feminino após derrotar o Japão por 3 sets a 2 (parciais de 12/25, 17/25, 25/19, 29/27 e 16/18), na manhã deste domingo (7) em Bangkok (Tailândia). Orgulho que não cabe no peito! 🤩 As nossas meninas brilharam no Mundial e mostraram ao mundo a força e a qualidade do vôlei brasileiro. 💚💛 Subir ao pódio é a prova de toda dedicação e entrega dentro de quadra. 🥉🔥 Vocês emocionaram e fizeram história novamente!Vocês são… pic.twitter.com/cP4UIkH6Lg — Time Brasil (@timebrasil) September 7, 2025 A vitória da equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães teve como destaque a brasileira Gabi, a maior pontuadora da partida com 35 pontos e eleita a melhor ponteira da competição. Itália campeã O título da competição ficou com a Itália, que derrotou o Brasil na semifinal no último sábado. Para garantir a segunda conquista do Campeonato Mundial (o primeiro troféu foi alcançado no ano de 2002), a seleção italiana derrotou a Turquia por 3 sets a 2 (parciais de 25/23, 13/25, 26/24, 19/25 e 15/8) neste domingo. EBC Esporte
Desfile de 7 de Setembro: confira ao vivo a transmissão da TV Brasil

Neste domingo (7), a TV Brasil transmite o tradicional Desfile Cívico-Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O tema da festa este ano é Brasil Soberano e o início do desfile está previsto para as 9h. A programação da TV Brasil começa logo cedo, às 8h, com as informações sobre a expectativa para a cerimônia e a chegada do público. Além de Brasília, haverá entradas ao vivo também do Rio de Janeiro e de São Paulo. Confira a transmissão no player abaixo: A transmissão especial contará com a participação de especialistas, em estúdio, que vão explicar os símbolos da festa e o significado histórico do 7 de setembro. A apresentação será de Guilherme Portanova. Sobre o desfile A soberania do país será destacada por meio de três eixos temáticos, dois deles intitulados Brasil dos Brasileiros e Brasil do Futuro. Um terceiro eixo trata da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, em novembro, e do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, há a programação tradicional das tropas das Forças Armadas, como os desfiles motorizado e da cavalaria, a apresentação da pirâmide humana e da Esquadrilha da Fumaça e honras militares. Para o desfile de 7 de Setembro, o público poderá acessar as arquibancadas na Esplanada dos Ministérios a partir das 6h30, com pontos de revista instalados. Para garantir a segurança do público na região, foi organizado um esforço conjunto entre os órgãos de segurança pública do Distrito Federal, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e o Ministério da Defesa. Estão proibidos itens como armas, objetos cortantes, substâncias inflamáveis, recipientes de vidro, fogos de artifício, mochilas de grande porte, barracas e drones sem autorização. Confira os detalhes. Politica
Vôlei: Brasil perde para Itália e fica fora da decisão do Mundial

A seleção brasileira foi derrotada pela Itália por 3 sets a 2 (parciais de 25/22, 22/25, 30/38, 22/25 e 13/15), na manhã deste sábado (6) em Bangkok (Tailândia), e perdeu a oportunidade de disputar a decisão do Campeonato Mundial de vôlei feminino. Agora, o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães buscará a medalha de bronze. Vamos pelo bronze🥉 Após partida disputadíssima contra a Itália na semifinal, decidida no tie-break, nossa seleção irá brigar pela medalha de bronze do Mundial de Vôlei. Neste domingo (7/9), às 5h30, o duelo é contra o Japão. Juntos até o final! 📸 Volleyball World… pic.twitter.com/2wJNY7vcdi — Time Brasil (@timebrasil) September 6, 2025 “Não é fácil sair de uma partida como essa na qual tivemos muitas oportunidades. A Itália mostrou porque é o melhor time do mundo e soube jogar nos momentos de pressão. É um time muito sólido, nós conseguimos marcar o time delas em alguns momentos, mas elas têm um banco muito forte. Estou muito orgulhosa da nossa equipe, da atitude e da maneira que nos comunicamos dentro de quadra”, declarou a ponteira Gabi, que marcou 29 pontos contra o time italiano. Agora, o Brasil medirá forças com o Japão, a partir das 5h30 (horário de Brasília) do próximo domingo (27). A decisão do Campeonato Mundial será disputado entre Itália e Turquia. EBC Esporte
TV Brasil transmite domingo 1º jogo da final do Brasileirão feminino

A TV Brasil exibe neste domingo (7), às 10h30, o jogo de ida da grande final da Série A1 do Brasileirão feminino de futebol, entre Cruzeiro e Corinthians, dando sequência à cobertura especial do campeonato. A partida será disputada no Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG), e promete fortes emoções aos torcedores. O Cruzeiro chega embalado após eliminar o Palmeiras com o placar agregado de 4 a 3, conquistando de forma inédita uma vaga na final da elite do futebol feminino. As Brabas, tricampeãs da competição, avançaram ao superar o São Paulo no jogo de ida por 2 a 0 e empatar o de volta em 2 a 2, garantindo mais uma vez presença na decisão. O confronto marca o início da disputa pelo título nacional. O jogo de volta será no domingo seguinte (14), com mando de campo do Corinthians, por ter somado mais pontos ao longo do campeonato. A transmissão reforça a estratégia da TV Brasil de ampliar a visibilidade das competições femininas. Além da Série A1, a emissora também exibiu partidas das Séries A2 e A3 do Brasileirão Feminino e transmitiu a Liga de Basquete Feminino (LBF Caixa). Por meio da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), torcedores de todo o Brasil poderão acompanhar a decisão em sinal aberto e gratuito, com qualidade de imagem e som. Saiba como sintonizar. Videocast Copa Delas Para quem deseja aprofundar a experiência, o videocast Copa Delas, disponível no YouTube da TV Brasil, traz entrevistas, análises, comentários técnicos e bastidores dos clubes participantes. Ao vivo e on demand A programação da TV Brasil pode ser acompanhada pelo sinal aberto, TV por assinatura, parabólica e online. Os jogos ficam disponíveis ao vivo e sob demanda no TV Brasil Play, pelo site ou aplicativo gratuito para Android e iOS. Assista também pela WebTV. EBC Esporte
Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no Brasil mostram avanços expressivos na prática hospitalar. A realização de episiotomia, o corte do canal vaginal com bisturi, para supostamente aumentar a via de passagem do bebê, caiu de 47% para 7% nos partos vaginais ocorridos no Sistema Único de Saúde (SUS), em cerca de dez anos. Queda semelhante (de 36% para 9%) foi observada na realização da manobra de Kristeller, quando o profissional de saúde sobe sobre a gestante ou empurra a sua barriga com força, para acelerar o nascimento. No sistema privado, a redução foi ainda mais expressiva: apenas 2% das mulheres que tiveram parto vaginal relataram ter passado pela manobra, que é considerada uma forma de violência obstétrica e traz risco para a parturiente e o bebê. Os dados fazem parte da Pesquisa Nascer no Brasil 2, realizada pela Fiocruz, que coletou dados de mais de 22 mil mulheres entre 2021 e 2023. Nessa quinta-feira (4), os pesquisadores divulgaram as informações referentes ao estado do Rio de Janeiro e adiantaram algumas informações nacionais, para comparação. Eles mostram que aumentou a quantidade de mulheres que puderam se alimentar e se movimentar durante o parto e que quase todas que pariram no Rio de Janeiro, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS), quanto em unidades particulares, optaram por posições verticalizadas, que favorecem a saída do bebê. “É uma adesão enorme às boas práticas e uma eliminação de intervenções desnecessárias. No Rio, não tem mais aquela forma de parir, em litotomia, em que a mulher fica com as pernas pra cima, , sem poder fazer força. Acabou. Isso é lindo! É uma mudança de cultura que estamos vendo. Não está perfeito, mas é uma mudança enorme na atenção ao parto, fruto de políticas públicas”, afirmou a coordenadora-geral da pesquisa, Maria do Carmo Leal. Por outro lado, a proporção daquelas que tiveram acesso à analgesia, para reduzir as dores das contrações, caiu de 7% para 2% no SUS em todo o Brasil, e apenas 1% no Rio de Janeiro. Nos serviços privados, a queda nacional foi de 42% para 33%, chegando a 30% no estado. “Entre as mulheres que entraram em trabalho de parto no Rio de Janeiro, caminhou melhor para o parto vaginal quem fez uso de analgesia, mostrando que talvez tenhamos aqui um aliado. Foi quase seis vezes maior a chance de terminar em um parto vaginal”, acrescentou Maria do Carmo. A pesquisa também mostra que os índices de parto normal e cesarianas permanecem um grande desafio no país. A quantidade de mulheres que passaram pela cirurgia no SUS aumentou de 43% para 48%, comparando com a primeira edição do levantamento, divulgado em 2014. A coordenadora-geral da pesquisa ressalva que, ao menos, a maior parte desse aumento se refere a cesarianas intraparto, ou seja, realizadas após a mulher entrar em trabalho de parto, que totalizaram 13% no Brasil. Os partos vaginais no SUS somaram 52% no Brasil e 50% no estado. Já a proporção de cesáreas no sistema privado foi de 81% no país e 86% no Rio de Janeiro, e apenas 9% e 7%, respectivamente, foram feitas após o início do trabalho de parto. Ainda assim, houve ligeiro aumento na quantidade de partos vaginais no Brasil, de 12% para 19%. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que as cirurgias sejam feitas apenas em casos de necessidade e o índice do país não passe de 15%. O cenário sobre o pré-natal mostrado pela pesquisa, no entanto, não é tão positivo. Apesar de 98,5% das mulheres do Rio de Janeiro terem recebido o acompanhamento, apenas um terço apresentava registro completo de aferição de pressão arterial e exames de glicemia. Esses exames são essenciais para detectar e controlar as duas complicações mais comuns e perigosas da gestação: a hipertensão e o diabetes. Menos de 34% tiveram prescrição registrada de ácido fólico, substância essencial para o desenvolvimento neurológico do feto, e apenas 31,6% foram vacinadas contra o tétano e a hepatite B, dois dos principais imunizantes que devem ser tomados na gestação. Maria do Carmo Leal destaca outras lacunas importantes no cuidado das gestantes de alto risco, ou seja, que já tinham alguma condição diagnosticada no momento do parto. “Setenta e cinco por cento delas nunca fizeram uma consulta com especialista, só na atenção básica. Tem alguma coisa errada aqui. Trinta e seis por cento dessas mulheres disseram que a pressão arterial delas não foi medida em todas as consultas e também não tinham exame de glicemia, como o recomendado. São mulheres que peregrinaram mais (até serem admitidas para o parto), porque não tinha vaga, mas principalmente porque eram de alto risco e deveriam procurar uma unidade adequada. Peregrinar na hora do parto é tudo que elas não tinham que fazer”. Fonte