Casos de sarampo tiveram aumento de 34 vezes em 2025, alerta Opas

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta em agosto, após constatar aumento de 34 vezes no número de casos de sarampo em relação a 2024. Dez países das Américas registraram ocorrências da doença, somando mais de 10 mil confirmações e 18 mortes. Os óbitos se concentram no México (14), nos Estados Unidos (3) e no Canadá (1). No Brasil, os registros mais recentes apontam 24 casos até o final de agosto, 19 no Tocantins. Embora o país esteja entre aqueles com menor número de casos na região, permanece em estado de atenção diante da alta transmissibilidade do vírus. Para a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marilda Siqueira, é urgente elevar as coberturas vacinais. “O sarampo é altamente transmissível. Precisamos atingir, no mínimo, 95% de cobertura vacinal para criarmos uma proteção coletiva, reduzindo a quantidade de pessoas suscetíveis ao vírus”, alerta. Altamente contagioso, o sarampo se espalha pelo ar por meio de secreções de indivíduos infectados e pode infectar pessoas de todas as idades. Os sintomas incluem febre alta, erupção cutânea que se dissemina por todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. A doença pode evoluir para complicações graves, como pneumonia, encefalite, diarreia intensa e até cegueira, sobretudo em crianças desnutridas e pessoas com imunidade comprometida. Vacina é a solução Até o início da década de 1990, o sarampo era uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo, provocando cerca de 2,5 milhões de óbitos por ano, em sua maioria entre crianças. A cobertura vacinal mudou esse cenário, permitindo que países reduzissem progressivamente os casos e alcançassem a eliminação da circulação endêmica em diversas regiões. Nas Américas, o feito foi reconhecido em 2016, quando o continente recebeu o certificado oficial de eliminação da doença. No entanto, essa conquista não significa que o vírus tenha desaparecido. O risco de reintrodução é constante, sobretudo em contextos de baixa cobertura vacinal. Segundo a Opas, a maioria dos casos registrados em 2025 nas Américas ocorreu justamente entre pessoas não vacinadas, enquanto outra parcela significativa envolveu indivíduos com situação vacinal desconhecida. A proteção contra o sarampo depende da aplicação de duas doses da vacina. No Brasil, a vacinação regular prevê a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de idade, podendo incluir outras faixas etárias em campanhas específicas. De acordo com a infectologista Marilda Siqueira, “as crianças que não têm as duas doses registradas na caderneta não estão totalmente protegidas”. Segundo ela, a adesão ao calendário vacinal é essencial para impedir o retorno do sarampo. Segundo a Opas, a cobertura nas Américas ainda não atingiu os 95% recomendados para bloquear a propagação do vírus. Em 2024, apenas 89% receberam a primeira dose da vacina tríplice viral e somente 79% completaram a segunda. No Brasil, a situação é mais favorável em comparação à média continental. Após anos de queda, a cobertura vacinal voltou a crescer a partir de 2023, com resultados expressivos em 2024. Segundo o Ministério da Saúde, o número de municípios que atingiram a meta de 95% de imunização contra o sarampo, caxumba e rubéola na segunda dose do tríplice viral mais que dobrou em dois anos, passando de 855 em 2022 para 2.408 em 2024. Em 2025, diante do aumento de casos em países vizinhos, o Brasil vem reforçando suas ações de imunização, tanto em áreas de fronteira quanto em todo o território nacional. No Sul, a reativação da Comissão Binacional de Saúde com o Uruguai resultou em grande mobilização conjunta em Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, e Rivera, no Uruguai, ampliando a proteção de moradores locais e imigrantes. Além disso, o Ministério da Saúde tem promovido sucessivos dias D de vacinação contra o sarampo em diferentes estados. Em julho, a mobilização ocorreu em cidades de fronteira do Acre, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, com cerca de 3 mil doses aplicadas. Em agosto, todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul participaram da campanha. Marilda reforça, no entanto, que nenhuma estratégia terá efeito se a população não fizer a sua parte. “Em conjunto com secretarias estaduais e municipais, o Ministério da Saúde está atuando nos municípios com casos confirmados para evitar a disseminação do vírus. Mas esse trabalho só terá sucesso se contar com a participação da população. Isso significa procurar o serviço de saúde ao apresentar febre com exantema — aquelas manchas vermelhas pelo corpo — e manter a vacinação em dia”, completa. Fonte
Dez estados registram aumento de casos de síndrome respiratória grave

Dez estados tiveram alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, informou o Boletim Infogripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (10). Segundo a Fiocruz, em muitos estados, o rinovírus é o responsável por casos graves, que atingem sobretudo crianças e adolescentes. A Covid-19 também tem impulsionado o aumento de SRAG em diversos estados, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, além do Pará e Maranhão, com impacto maior na população adulta e idosa. A única região em que nenhum estado apresenta tendência de crescimento de SRAG é a Sul. O levantamento aponta que, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os casos positivos foram de 48,9% de rinovírus; 20,8% de Vírus Sincicial Respiratório (VSR); 15,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19); 8,3% de influenza A; e 1,8% de influenza B. “Os casos de SRAG por influenza A e VSR continuam diminuindo em todo o país, com exceção do Amazonas, onde ainda se observa um crescimento dos casos graves por VSR nas crianças pequenas. No Distrito Federal, há um aumento de SRAG associado à influenza A e a Covid-19 em jovens, adultos e idosos”, diz a Fiocruz. A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e responsável pelo Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, mantém as recomendações como o uso de máscaras em locais fechados e dentro dos postos de saúde. “Caso crianças e adolescentes apresentem sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é permanecer em casa em isolamento ou, se precisarem sair, utilizar uma boa máscara”, afirmou. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp A pesquisadora destacou também a importância de que a população esteja em dia com a vacinação contra a Covid-19 e contra a influenza. “Pessoas imunocomprometidas e idosos precisam tomar doses de reforço da vacina contra a Covid-19, a cada seis meses, para se manterem protegidos contra os casos graves e óbitos do vírus”, disse. Covid-19 De acordo com a Fiocruz, a análise mostrou que a covid-19 está associada ao aumento de SRAG na população adulta e/ou idosa do Pará e do Maranhão, assim como em alguns estados do Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) e Sudeste (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo). “A pesquisa verificou ainda um leve crescimento nas notificações de SRAG por covid-19 em estados da região Centro-Sul (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná), Nordeste (Bahia, Piauí e Paraíba), e Norte (Amazonas e Amapá), embora ainda sem causar uma alta nas hospitalizações por SRAG”, completa o Infogripe. Fonte
Aumento de casos de SRAG no Brasil decorrem do rinovírus e Sars-CoV-2

Dez estados tiveram alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, informou o Boletim Infogripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (10). Segundo a Fiocruz, em muitos estados, o rinovírus é o responsável por casos graves, que atingem sobretudo crianças e adolescentes. A Covid-19 também tem impulsionado o aumento de SRAG em diversos estados, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, além do Pará e Maranhão, com impacto maior na população adulta e idosa. A única região em que nenhum estado apresenta tendência de crescimento de SRAG é a Sul. O levantamento aponta que, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os casos positivos foram de 48,9% de rinovírus; 20,8% de Vírus Sincicial Respiratório (VSR); 15,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19); 8,3% de influenza A; e 1,8% de influenza B. “Os casos de SRAG por influenza A e VSR continuam diminuindo em todo o país, com exceção do Amazonas, onde ainda se observa um crescimento dos casos graves por VSR nas crianças pequenas. No Distrito Federal, há um aumento de SRAG associado à influenza A e a Covid-19 em jovens, adultos e idosos”, diz a Fiocruz. A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e responsável pelo Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, mantém as recomendações como o uso de máscaras em locais fechados e dentro dos postos de saúde. “Caso crianças e adolescentes apresentem sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é permanecer em casa em isolamento ou, se precisarem sair, utilizar uma boa máscara”, afirmou. A pesquisadora destacou também a importância de que a população esteja em dia com a vacinação contra a Covid-19 e contra a influenza. “Pessoas imunocomprometidas e idosos precisam tomar doses de reforço da vacina contra a Covid-19, a cada seis meses, para se manterem protegidos contra os casos graves e óbitos do vírus”, disse. Covid-19 De acordo com a Fiocruz, a análise mostrou que a covid-19 está associada ao aumento de SRAG na população adulta e/ou idosa do Pará e do Maranhão, assim como em alguns estados do Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) e Sudeste (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo). “A pesquisa verificou ainda um leve crescimento nas notificações de SRAG por covid-19 em estados da região Centro-Sul (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná), Nordeste (Bahia, Piauí e Paraíba), e Norte (Amazonas e Amapá), embora ainda sem causar uma alta nas hospitalizações por SRAG”, completa o Infogripe. Fonte
Quatro estados apresentam aumento de síndrome respiratória por covid

Boletim do InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (28) aponta aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 no Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba, mas sem grandes impactos nas hospitalizações. O estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avalia que os casos graves da doença continuam baixos no país. No Amazonas, o crescimento do número de casos se concentra nas crianças pequenas e é causado, em sua maioria, pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O estado é o único que ainda apresenta aumento de SRAG por VSR no país. No Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás, o aumento dos casos de SRAG ocorre principalmente nas crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade. Os dados laboratoriais indicam que o aumento está sendo impulsionado pelo rinovírus. O crescimento de SRAG vem ocorrendo especificamente na faixa etária de 2 a 14 anos de idade em diversos estados da região centro-sul, com destaque para São Paulo, onde esse aumento é bem acentuado, assim como em alguns estados do Nordeste e no Amapá. “Por conta do aumento, caso crianças e adolescentes nessa faixa etária apresentem sintomas de gripe ou resfriado devem ficar em casa e evitar ir à escola a fim de evitar transmissão do vírus para outras crianças. Idosos e imunocomprometidos devem tomar a vacina contra a covid-19 a cada 6 meses. Os demais grupos de risco, como pessoas com comorbidade, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, recomenda a pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Brasil Em nível nacional, o cenário atual sugere indícios de queda na tendência de longo prazo nas últimas seis semanas e de aumento na tendência de curto prazo, últimas três semanas. No ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 163.956 casos de SRAG, sendo 87.741 (53,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 56.822 (34,7%) negativos e ao menos 8.757 (5,3%) aguardando resultado laboratorial. Fonte
Rio, Ceará, Amazonas e Paraíba apresentam aumento SRAG

Boletim do InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (28) aponta aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 no Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba, mas sem grandes impactos nas hospitalizações. O estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avalia que os casos graves da doença continuam baixos no país. No Amazonas, o crescimento do número de casos se concentra nas crianças pequenas e é causado, em sua maioria, pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O estado é o único que ainda apresenta aumento de SRAG por VSR no país. No Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás, o aumento dos casos de SRAG ocorre principalmente nas crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade. Os dados laboratoriais indicam que o aumento está sendo impulsionado pelo rinovírus. O crescimento de SRAG vem ocorrendo especificamente na faixa etária de 2 a 14 anos de idade em diversos estados da região centro-sul, com destaque para São Paulo, onde esse aumento é bem acentuado, assim como em alguns estados do Nordeste e no Amapá. “Por conta do aumento, caso crianças e adolescentes nessa faixa etária apresentem sintomas de gripe ou resfriado devem ficar em casa e evitar ir à escola a fim de evitar transmissão do vírus para outras crianças. Idosos e imunocomprometidos devem tomar a vacina contra a covid-19 a cada 6 meses. Os demais grupos de risco, como pessoas com comorbidade, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, recomenda a pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella. Brasil Em nível nacional, o cenário atual sugere indícios de queda na tendência de longo prazo nas últimas seis semanas e de aumento na tendência de curto prazo, últimas três semanas. No ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 163.956 casos de SRAG, sendo 87.741 (53,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 56.822 (34,7%) negativos e ao menos 8.757 (5,3%) aguardando resultado laboratorial. Fonte
Cesta básica tem custo menor em 11 capitais, mostra Dieese

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o custo da cesta básica diminuiu em 11 localidades e aumentou em seis capitais. O levantamento foi feito entre os meses de maio e junho. O estudo do Dieese apontou que as maiores baixas foram nas capitais Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%), Goiânia (-1,90%), São Paulo (-1,49%) e Natal (-1,25%). As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%). Apesar de ter caído o custo, a cesta básica em São Paulo continua sendo a mais cara do país, com o valor de R$ 831,37. Na sequência estão Florianópolis (R$ 867,83), Rio de Janeiro (R$ 843,27) e Porto Alegre (R$ 831,37). As capitais com os valores da cesta básica mais baixos, porém com a composição diferente de produtos e com menores valores médios, foram Aracaju (557,28), Salvador (R$ 623,85), Joao Pessoa (R$ 636,16) e Natal (R$ 636,95). >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Aumento Na comparação dos valores da cesta entre junho do ano passado e junho de 2025, quase todas as capitais tiveram aumentos de preço. Nesse caso, as variações foram de 1,73% em Salvador e 9,39% no Recife. A redução ocorreu em Aracaju, com -0,83%. No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as capitais incluídas na pesquisa mostraram alta nos preços da cesta, com índices que oscilaram, por exemplo, em mais 0,58% em Aracaju e 9,10% em Fortaleza. Produtos Entre os produtos que tiveram baixas está a batata, que diminuiu nas capitais do centro-sul nos meses de maio e junho. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, por exemplo, as quedas ficaram em em -12,62% e -0,51%, respectivamente. O açúcar, por sua vez, diminuiu em 12 cidades no período, ficando estável no Recife e aumentando em quatro capitais, sendo o mais alto em Campo Grande (1,75%). As maiores reduções no preço do açúcar ocorreram em Brasília (-5,43%), Vitória (-3,61%), Goiânia (-3,27%) e Belém (-3,15%). No mesmo período aferido pela pesquisa, o preço do leite integral diminuiu em 11 capitais, casos de Brasília (-2,31%) e Curitiba (-0,65%). Já em cinco cidades, os valores se elevaram, como aconteceu em Aracaju (2,11%). A maior alta foi no Recife (8,93%), sendo que em outras 12 houve retração no preço médio do produto, com variações, por exemplo, em Campo Grande (-7,99%) e São Paulo (-0,71%). O tomate aumentou em dez capitais entre maio e junho, sendo registradas variações no Rio de Janeiro (0,29%) e Porto Alegre (16,90%). Em outras sete, o preço caiu, com a maior variação em Aracaju (-21,43%). No período de 12 meses, o tomate baixou de preço em 16 capitais, sendo que o valor médio diminuiu, por exemplo, em Aracaju (-25,29%), Salvador (-19,72%) e no Rio de Janeiro (-14,48).
Energia elétrica fica mais cara em SP a partir de sexta-feira dia 4

O reajuste anual da concessionária Enel entra em vigor a partir desta sexta-feira (4) em São Paulo. O efeito médio será de 13,94% de aumento nas tarifas para os consumidores atendidos pela distribuidora em 24 municípios da região metropolitana, incluindo a capital paulista. O reajuste foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta terça-feira (2). Segundo a agência reguladora, para consumidores residenciais, ligados em baixa tensão, o aumento tarifário será de 13,26%. Considerando todos os consumidores atendidos em baixa tensão, incluindo unidades como pequenos comércios, o reajuste médio ficará em 13,47%. Já aqueles ligados em alta tensão – como indústrias e grandes unidades consumidoras – terão alta de 15,77%, em média. “Entre os fatores que mais impactaram os índices propostos estão os custos com encargos setoriais [que custeiam políticas públicas estabelecidas por meio de leis e decretos], aquisição de energia e componentes financeiros apurados no processo tarifário anterior”, disse a Aneel, em nota. A Enel também citou o impacto dos encargos setoriais e aquisição de energia sobre o reajuste. “Esses fatores, definidos por regulamentação federal, somados aos custos de transmissão e tributos federais e estaduais, têm impacto direto no valor final da fatura, independentemente da atuação da distribuidora”, disse a empresa, em nota. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp A estrutura do reajuste tarifário, conforme informou a Enel, é composta por duas parcelas principais, A e B. A primeira corresponde a custos que não são de responsabilidade da distribuidora, como encargos, transmissão e energia, que registrou variação de +7,30%. A segunda, que são custos gerenciáveis pela distribuidora, apresentou índice de +1,02%. Adicionalmente, há os componentes financeiros – valores pagos pelos consumidores nos 12 meses subsequentes ao reajuste – que são incluídos ou retirados conforme a apuração regulatória. “Assim, neste processo, o efeito médio decorre de três ações: (i) reajuste dos custos de Parcela A e B; (ii) inclusão dos componentes financeiros atuais (-2,35%); e (iii) retirada dos componentes do ano anterior (+7,97%)”, especificou a Enel.
Conta de luz: decisão do Congresso pode gerar impacto tarifário de R$ 197 bilhões até 2050, alerta FNCE

A conta de luz já vai pesar no bolso em junho: a bandeira vermelha patamar 1 foi acionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que significa um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Com a previsão de chuvas abaixo da média e as hidrelétricas gerando menos, o país depende das termelétricas — mais caras —, e esse custo extra vai direto para o consumidor. Mas o futuro pode reservar aumentos ainda maiores: uma decisão recente do Congresso pode adicionar um impacto de até R$ 197 bilhões nas tarifas de energia elétrica até 2050. O alerta vem da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), após o Congresso derrubar os vetos presidenciais à Lei das Eólicas Offshore. Com isso, foram mantidos na norma os chamados “jabutis” — dispositivos sem relação direta com o tema central do projeto — que obrigam o governo a contratar determinadas fontes de energia, como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), independentemente da necessidade do sistema. “O Poder Legislativo, mais uma vez, demonstra desrespeito pelos princípios constitucionais e democráticos, ao persistir na defesa de propostas que prejudicam a população”, afirma a FNCE, em nota. A entidade também considera entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade dos trechos mantidos. Clique aqui para acessar a nota na íntegra FNCE avalia ir ao STF contra jabutis das eólicas offshore A especialista em Justiça Energética do Instituto Pólis, Mónica Banegas, alerta que os impactos dessas medidas atingem diretamente os brasileiros mais vulneráveis. “As famílias de baixa renda acabam sendo afetadas de uma forma ainda mais negativa. Se a conta de luz já é pesada para as famílias, de forma geral, para as de baixa renda essa conta é ainda mais pesada. Então, quando a gente fala sobre um potencial aumento na conta de luz, são essas famílias que vão sofrer mais ainda, independentemente da região que elas estiverem”, afirma. Mónica também critica o momento da decisão parlamentar. “Estamos discutindo o aumento num momento em que deveríamos estar debatendo uma solução que reduzisse a conta de luz efetivamente, para que as pessoas possam viver com mais dignidade, e não o contrário”, argumenta. Entre os pontos mais críticos da lei estão a contratação de 4,9 GW de PCHs, a ampliação de contratos do Proinfa e incentivos a outras fontes não relacionadas à energia eólica offshore, como térmicas e usinas de hidrogênio. Para a FNCE, além de onerar o sistema, essas medidas aumentam a já elevada sobreoferta de energia, levando ao corte de produção de fontes limpas, como solar e eólica. A Frente ainda aponta que o impacto vai além da conta de luz residencial. A alta no custo da energia tende a se refletir em toda a cadeia produtiva, pressionando preços e inflação. “Ao derrubar os vetos da Lei de Eólicas Offshore, o Congresso Nacional torna-se responsável pelo aumento na conta de luz dos brasileiros e por instalar o caos definitivo no setor elétrico”, conclui a entidade. Fonte: Brasil 61
Conta de luz terá aumento em junho

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária para o mês de junho de 2025 será a vermelha, no patamar 1. Isso significa que as contas de energia elétrica terão um custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, elevando o valor final pago pelos consumidores residenciais e comerciais. O principal motivo para o aumento é a queda no volume de chuvas, que compromete a geração de energia pelas hidrelétricas — a principal fonte da matriz energética brasileira. Com os reservatórios abaixo da média histórica, será necessário acionar usinas termoelétricas, cuja energia é mais cara, para garantir o fornecimento ao país. Essa mudança no mix de geração eleva o custo para as distribuidoras, que repassam o valor ao consumidor por meio do sistema de bandeiras tarifárias. Desde dezembro de 2024, a bandeira estava verde, indicando condições favoráveis na geração de energia. Em maio, passou para a bandeira amarela devido à transição para o período seco e à previsão de chuvas abaixo da média. Agora, com a situação se agravando, a bandeira vermelha sinaliza um custo ainda maior para o consumidor. A Aneel reforça que o acionamento da bandeira vermelha serve também como um alerta para o uso consciente da energia elétrica, recomendando que os consumidores adotem medidas para reduzir o consumo e evitar impactos ainda maiores na conta de luz. Além do aumento da bandeira, especialistas indicam que as tarifas de energia elétrica no Brasil devem subir em média 3,5% em 2025, influenciadas por reajustes nas distribuidoras e encargos setoriais. A alta média nacional pode chegar a cerca de 4,67%, com variações regionais — o Sul do país, por exemplo, deve enfrentar reajustes superiores a 7%, enquanto o Sudeste terá aumentos mais moderados. O cenário de alta na conta de energia é resultado da combinação entre menor geração hidrelétrica, maior uso de termelétricas, reajustes tarifários e encargos, além do aumento do consumo energético, que cresceu 1,3% no primeiro quadrimestre de 2025. Para minimizar o impacto, especialistas recomendam o uso de equipamentos mais eficientes, a adoção de hábitos de consumo conscientes e, quando possível, o investimento em sistemas de energia solar residencial, que podem reduzir significativamente a dependência da rede pública.
“A Crise da Carne: O Impacto do Aumento de Preços na Economia e na Alimentação dos Brasileiros

O aumento do preço da carne no Brasil é um tema que desperta preocupações e discussões acaloradas, especialmente em um contexto econômico onde a inflação já pressiona o bolso dos consumidores. Em 2025, a expectativa é de que os preços das carnes, especialmente a bovina, continuem a subir, impactando diretamente a cesta básica das famílias brasileiras. Cenário Atual A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma queda de 4,9% na produção de carne bovina em 2025, resultante da retenção de vacas reprodutoras pelos criadores. Essa diminuição na oferta está alinhada com um aumento nas exportações, que, embora beneficie o agronegócio, resulta em menos carne disponível para o mercado interno. Com isso, o preço da carne deve subir, pressionando ainda mais a inflação e afetando o poder de compra das famílias. Os economistas projetam que os preços das carnes poderão subir até 16,4% em 2025, após um aumento de 20,84% em 2024. Essa tendência é preocupante, pois as carnes são itens essenciais na dieta brasileira e representam uma parte significativa da inflação. Em janeiro de 2025, os alimentos já mostravam uma alta expressiva, com as carnes contribuindo significativamente para esse aumento. Exportações e Oferta Um dos principais fatores para o aumento dos preços é a crescente demanda externa por carne brasileira. O Brasil se consolidou como um dos maiores exportadores de carne do mundo, e essa demanda internacional tem levado os produtores a priorizar as vendas externas em detrimento do abastecimento interno. Como resultado, a oferta doméstica diminui, elevando os preços para o consumidor final. Ciclo pecuário e clima O ciclo pecuário atual também desempenha um papel crucial nesse cenário. A combinação de fatores climáticos adversos e a depreciação do câmbio têm pressionado ainda mais os custos de produção. As dificuldades enfrentadas pelos pecuaristas para manter os rebanhos saudáveis e produtivos refletem-se nos preços que chegam aos supermercados. Além disso, eventos climáticos extremos podem prejudicar a produção agrícola como um todo, afetando não apenas a carne bovina, mas também outras proteínas animais como frango e porco2. Aumento geral dos alimentos O aumento da carne não ocorre isoladamente; outros alimentos essenciais também estão subindo de preço. Itens como arroz e leite estão entre os “vilões” da inflação em 20252. Essa alta generalizada nos preços alimentares exige que as famílias ajustem seus orçamentos e reconsiderem suas escolhas alimentares. Impacto no consumidor A realidade é que muitos brasileiros já estão sentindo o impacto do aumento dos preços da carne em suas compras diárias. Muitos consumidores estão migrando para proteínas alternativas mais baratas, como frango e cortes suínos, para tentar equilibrar suas despesas. Essa mudança nos hábitos alimentares pode ter implicações mais amplas para a saúde pública e a nutrição da população. Além disso, as altas nos preços das carnes estão atreladas à insatisfação popular com o governo. A incapacidade de controlar a inflação alimenta críticas à gestão econômica atual e pode influenciar decisões políticas futuras. A história mostra que aumentos significativos nos preços dos alimentos frequentemente resultam em descontentamento social e instabilidade política. Possíveis soluções Para mitigar essa pressão inflacionária sobre os preços das carnes, algumas medidas podem ser consideradas: O aumento contínuo do preço da carne no Brasil é um fenômeno complexo que envolve uma série de fatores econômicos e sociais. Enquanto as exportações crescem e a oferta interna diminui, os consumidores enfrentam um cenário desafiador que exige adaptação e resiliência. O governo terá que encontrar formas eficazes de lidar com essa situação antes que ela se torne insustentável para a população. A capacidade de resposta às necessidades do povo será crucial para manter a estabilidade social e econômica no país nos próximos anos.