Morango do amor acelera vendas de agricultores do interior de São Paulo

Febre na internet que combina morango e brigadeiro branco fez demanda pela fruta aumentar. A chegada do morango do amor, nova moda na internet, turbinou as vendas de produtores rurais do estado de São Paulo. A fruta já apresentava alta na produção em regiões como Campinas desde o ano passado, com avanço de 14,2% entre 2023 e 2024, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Produtores da região relatam grande procura depois da popularização do doce. O agricultor João Vicente Cordeiro, de Jarinu, região de Campinas, encontrou nessa adaptação da maçã do amor para o morango uma oportunidade para impulsionar a produção da fruta. “O morango do amor é novidade para mim. Tem algumas encomendas de morangos selecionados. Ajuda um pouco na distribuição da produção. O morango é uma planta que dura bastante tempo, fica mais fácil”, conta o agricultor que trabalha com a fruta desde 1989.https://www.instagram.com/reel/DMvwnGmtN_C/embed/captioned/?cr=1&v=14&wp=675&rd=https%3A%2F%2Fwww.agenciasp.sp.gov.br&rp=%2Fmorango-do-amor-acelera-vendas-agricultura%2F#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A1062.699999988079%2C%22ls%22%3A698.1999999880791%2C%22le%22%3A971.3999999761581%7D No ano passado, em Campinas, foram produzidas 3,2 mil toneladas de morango. A região só perde para Sorocaba, com 4,7 mil toneladas, entre aquelas que mais produziram morango em 2024. Morango do amor chega no campo Quem faz o morango do amor busca os melhores, mais graúdos e uniformes morangos diretamente do produtor rural para fazer a receita. Com isso, João Vicente vem tendo um trabalho maior na hora de selecionar as frutas para comercialização. Além disso, agricultores relatam estar colhendo mais rapidamente os morangos, porque a demanda por parte dos comerciantes aumentou. “Com o morango do amor, os produtores acharam um novo nicho temporário de mercado. O morango ficou mais selecionado”, explica André Barreto, extensionista da Diretoria de Assistência Técnica Integrada (CATI) de Jarinu, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Conheça a CATI Regional A CATI desempenha um papel fundamental para a produção rural no estado. Com ela, o Governo de São Paulo oferece apoio ao agricultor: “A CATI contribui com os produtores rurais de morango com boas práticas agropecuárias, desde o plantio até a venda”, explica André Barreto. O órgão também apoia o agricultor com certificações como o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e a Declaração de Aptidão ao Feap (DAF), que habilita o produtor a receber linhas de crédito.

Leão XIV em Pentecostes: invocar o Espírito do amor e da paz para abrir as fronteiras do coração

As fronteiras a serem abertas pelo Sopro divino, disse o Pontífice em homilia na Praça São Pedro na Solenidade de Pentecostes, estão “dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos”. Os milhares de peregrinos do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades ouviram o pedido do Papa para invocar “o Espírito do amor e da paz” para encontrar com Deus e “abrir as fronteiras, derrubar os muros, dissolver o ódio”: “é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo!”. Leia também Andressa Collet – Vatican News Mais um dia de Praça São Pedro lotada por ocasião do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades celebrado neste final de semana no âmbito do Ano Santo da Esperança. Neste domingo (08/06), em particular, de Solenidade de Pentecostes, o Papa Leão XIV presidiu a missa para milhares de peregrinos e refletiu sobre o Espírito que “abre fronteiras” dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos. Completando exatamente um mês de pontificado, a homilia do novo Sucessor de Pedro foi de grande impulso para abrirmos “as fronteiras do coração” através do “vento vigoroso do Espírito Santo” e com a recordação inclusive dos predecessores Bento XVI e Francisco. O dia solene no Vaticano começou com um giro de papamóvel que durou cerca de 30 minutos: Leão XIV percorreu tanto a Praça São Pedro quanto parte da Via della Conciliazione para saudar os milhares de fiéis.  A missa de Pentecostes foi celebrada no âmbito do Jubileu dos Movimentos]   (@Vatican Media) Abrir as fronteiras dentro de nós Na homilia e através das palavras de Santo Agostinho, o Papa recordou que este é o dia em que, “depois de sua Ressurreição e depois da glória de sua Ascensão, Jesus Cristo Nosso Senhor enviou o Espírito Santo» (Santo Agostinho, Sermão 271, 1)”. Um dom que “realiza algo extraordinário na vida dos Apóstolos”, ajudando a interpretar a morte de Jesus e dando força e coragem para “sair ao encontro de todos para anunciar as obras de Deus”. Na festa de Pentecostes, lembra Leão nas palavras de Bento XVI em 2005, as portas do cenáculo se abrem porque o Espírito abre as fronteiras. E de onde o Pontífice parte a sua meditação do dia: “O Espírito abre as fronteiras principalmente dentro de nós. É o Dom que desvela a nossa vida para o amor. E essa presença do Senhor desfaz a nossa dureza, o nosso fechamento, o egoísmo, os medos que nos bloqueiam e o narcisismo que faz-nos rodar apenas em torno de nós mesmos. O Espírito Santo vem para desafiar, em nós, o risco de uma vida que se atrofia, sugada pelo individualismo. É triste observar como num mundo onde se multiplicam as oportunidades de socialização, corremos o risco de ser paradoxalmente mais solitários, sempre conectados, mas incapazes de ‘fazer redes’, sempre imersos na multidão, mas permanecendo viajantes perdidos e solitários.” O Espírito de Deus, em vez disso, “abre ao encontro com nós mesmos, para além das máscaras que usamos; conduz ao encontro com o Senhor”, afirmou o Papa. Abraçando com amor a Palavra, somos “transformados” por ela, tornando a nossa vida “um espaço de acolhimento”. Na homilia, Leão XIV refletiu sobre o Sopro Divino que abre as fronteiras do coração   (@Vatican Media) Abrir as fronteiras das relações “O Espírito, além disso, abre as fronteiras também nas nossas relações”. E com aquele mesmo “amor de Deus que habita em nós, tornamo-nos capazes de nos abrir aos irmãos, de vencer a nossa rigidez, de superar o medo em relação ao que é diferente”, disse o Pontífice. O Espírito transforma aqueles “perigos mais ocultos que envenenam as nossas relações, como os mal-entendidos, os preconceitos, as instrumentalizaçõe”:  “Penso também – com muita dor – em quando uma relação é infestada pela vontade de dominar o outro, uma atitude que frequentemente desemboca na violência, como infelizmente demonstram os numerosos e recentes casos de feminicídio.” O Espírito Santo, ao contrário, “faz amadurecer em nós os frutos que nos ajudam a viver relações verdadeiras e boas”, alargando as fronteiras das relações com o outros. Um critério, alertou Leão XIV, “decisivo também para a Igreja: só somos verdadeiramente a Igreja do Ressuscitado e discípulos de Pentecostes se entre nós não houver fronteiras nem divisões, se na Igreja soubermos dialogar e nos acolher mutuamente, integrando as nossas diversidades, e se, como Igreja, nos tornarmos um espaço acolhedor e hospitaleiro para todos”. Abrir as fronteiras entre os povos Por fim, “o Espírito abre as fronteiras também entre os povos”. Em Pentecostes, disse o Pontífice, recordamos a importância de nos colocarmos “em caminho”, “na fraternidade”, já que “o Sopro divino une os nossos corações e nos faz ver no outro o rosto de um irmão”: em vez de divisão e conflito, preconceito e lógica de exclusão, discórdia e indiferença, como observou Francisco em 2023, o Espírito “rompe fronteiras e derruba os muros da indiferença e do ódio”, como as próprias guerras, por “um tesouro comum”: “Invoquemos o Espírito do amor e da paz, a fim de que abra as fronteiras, derrube os muros, dissolva o ódio e nos ajude a viver como filhos do único Pai que está nos céus. Irmãos e irmãs: é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo! Que o vento vigoroso do Espírito desça sobre nós e em nós abra as fronteiras do coração, dê a graça do encontro com Deus, amplie os horizontes do amor e sustente os nossos esforços pela construção de um mundo onde reine a paz.” O Espírito que “abre fronteiras” dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos.   (@Vatican Media)