R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral 2026

Deputado Isnaldo Bulhões, relator da instrução normativa

A Comissão Mista de Orçamento elevou significativamente os recursos destinados ao Fundo Eleitoral para 2026, aumentando o montante de R$ 1 bilhão para R$ 4,9 bilhões. A maior parte desse valor será retirada de emendas parlamentares, gerando impacto direto sobre outras áreas do orçamento público.

O relator do tema, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), justificou a elevação para equiparar os recursos às eleições de 2024. No entanto, o governo já havia removido R$ 1 bilhão das emendas de bancadas estaduais anteriormente e agora adicionou um corte extra de R$ 2,9 bilhões, reduzindo o orçamento para essas emendas de R$ 15,2 bilhões para R$ 11,2 bilhões. O restante do aumento será coberto por cortes nas despesas não obrigatórias, o que levanta questionamentos sobre as prioridades orçamentárias do país.

Este aumento para o Fundo Eleitoral ocorre em um contexto social delicado, onde demandas urgentes como saúde, educação e combate à pobreza enfrentam limitações financeiras severas. O descompasso entre a prioridade dada ao financiamento eleitoral e a situação socioeconômica brasileira evidencia uma contradição política que merece análise crítica, sobretudo diante da necessidade de investimentos sociais mais expressivos.

Além disso, a Comissão adiou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 para o dia 7 de outubro, devido a divergências entre partidos. A LDO é fundamental, pois orienta a elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual (LOA), que definirá as prioridades e distribuição dos recursos públicos para o próximo ano.

A decisão de priorizar quase R$ 5 bilhões para o Fundo Eleitoral em meio aos desafios sociais e econômicos do Brasil suscita discussão sobre transparência, prioridades e o impacto real das decisões políticas no dia a dia da população.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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