Qualidade do ar em São Paulo se deteriora com aumento de poluição e calor intenso

Notícia publicada em: 10 de setembro de 2024

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgou, nesta terça-feira (10), um boletim preocupante sobre a qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo.

A maioria das estações de monitoramento registrou índices de poluição considerados “ruins”, com 14 das 22 estações marcando este nível, enquanto outras três indicaram “muito ruim” e cinco, “moderado”. Na tarde anterior, a situação era ainda mais grave, com 10 estações em nível “muito ruim” e outras 10 em “ruim”.

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O principal responsável por essa piora é o material particulado fino, conhecido como MP2,5, que pode penetrar profundamente no sistema respiratório e agravar problemas de saúde, como doenças cardíacas e pulmonares. A região mais poluída às 14h de hoje foi o bairro dos Pimentas, em Guarulhos, com índice 138. Ontem (9), a área mais afetada foi a região da Ponte dos Remédios, na Marginal do Tietê, com índice 163.

As condições meteorológicas para as próximas 24 horas, segundo a Cetesb, continuam desfavoráveis para a dispersão de poluentes. A combinação de ar quente, seco e estável, com pouca nebulosidade e ventos fracos, tende a manter os índices de qualidade do ar entre “moderado” e “ruim”, com a possibilidade de atingir níveis “muito ruins”.

Para Evangelina Araújo, diretora-executiva do Instituto do Ar e médica, medidas mais rígidas devem ser adotadas para evitar um aumento nos casos de doenças respiratórias. Ela sugere a redução da circulação de caminhões movidos a diesel, incentivo ao uso de trens metropolitanos, suspensão de aulas e paralisação de indústrias poluentes. Evangelina também recomenda que a população tome precauções, como beber muita água, manter portas e janelas fechadas, usar ventiladores e aumentar a umidade em casa com toalhas molhadas.

A situação é crítica e demanda ações urgentes das autoridades, especialmente diante das altas temperaturas e da poluição intensa.

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