Na madrugada desta quarta-feira, por volta das 3h40, uma quadrilha composta por quatro indivíduos — três homens e uma mulher — realizou um audacioso roubo na Drogaria SP, localizada no Centro de Pindamonhangaba. O grupo utilizou um veículo Ford Ka, placa QUD-8D00, registrado em Poá-SP, para transportar os medicamentos roubados, avaliados entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. Entre os itens levados estão medicamentos de alto valor, como Ozempic, Wegovy e Januvia, muito procurados no mercado devido ao seu uso para emagrecimento e tratamento de doenças crônicas.
Segundo informações do Centro de Segurança Integrada (CSI), após o roubo, o veículo seguiu em direção à Avenida Nossa Senhora do Bonsucesso, sentido Dutra, por volta das 3h49. Viaturas da Polícia Militar de Taubaté monitoraram a rodovia Dutra, mas o carro suspeito não passou pelo trecho patrulhado, frustrando a tentativa de interceptação.
Este tipo de crime tem se tornado frequente na região e em todo o estado de São Paulo, onde quadrilhas especializadas têm como alvo farmácias para roubar medicamentos de alto custo, especialmente os refrigerados, conhecidos como “medicamentos da geladeira”. Esses produtos, como Ozempic e Wegovy, têm preços elevados — entre R$ 700 e R$ 1.100 por unidade — e são altamente visados por criminosos que atuam em um mercado paralelo crescente.
Casos similares vêm ocorrendo em outras cidades da Grande São Paulo, como Campinas, Salto e Guarulhos, onde grupos organizados invadem farmácias para roubar remédios e, em algumas ocasiões, também dinheiro do caixa. Em Campinas, por exemplo, uma quadrilha foi presa após roubar medicamentos de alto custo em três farmácias na mesma madrugada. Em Salto, um trio armado invadiu uma farmácia e fugiu com medicamentos e dinheiro, conforme registros recentes da Polícia Militar.
A escalada desses crimes tem preocupado autoridades e comerciantes. Farmácias têm reforçado a segurança com vigilância armada e redução dos estoques desses medicamentos para tentar evitar novos roubos. Segundo especialistas, a combinação da alta demanda por esses remédios, o valor elevado e a facilidade de revenda em canais informais alimenta esse tipo de crime.
A Polícia Civil segue investigando o roubo em Pindamonhangaba e pede que a população colabore com informações que possam levar à identificação e prisão dos envolvidos. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.
Este episódio reforça a necessidade de medidas mais rigorosas de segurança e controle no comércio desses medicamentos, para proteger tanto os estabelecimentos quanto os consumidores que dependem desses tratamentos.
