Moradores do distrito de Moreira Cezar Pindamonhangaba relatam problemas crônicos em ruas, córregos e áreas públicas, enquanto gestão municipal prioriza projetos estruturais.
Moreira César, distrito com 40 mil habitantes e 234 km², enfrenta ruas esburacadas, acúmulo de mato em áreas públicas e corregos sem manutenção. A população, que já viu avanços como a Biblioteca Municipal Profª Maria Bertha César, exige ações imediatas para garantir condições básicas de saneamento e segurança.
“Aqui parece que o tempo parou. Enquanto a cidade investe em mobilidade, nós ainda temos que conviver com buracos e mato alto”, critica Maria Silva, moradora da Rua das Acácias.
O subprefeito José Carlos Gomes (Cal), vereador histórico do distrito, tem sido cobrado diretamente pela comunidade. Apesar de liderar iniciativas como o Programa Volumoso (recolha de móveis usados) e a reinstalação de iluminação no viaduto local, moradores questionam a falta de prioridade para demandas estruturais.
“Cal é um homem do povo, mas precisa ouvir mais as queixas do dia a dia. A Avenida Estrutural é importante, mas aqui precisamos de asfalto e capina”, afirma João Oliveira, comerciante da região.
A Prefeitura de Pindamonhangaba investiu R$ 22 milhões em recapeamento em outras áreas da cidade, mas Moreira César ainda não recebeu ações específicas. A tecnologia de mapeamento por IA para identificar buracos foi destacada pela gestão, mas sem cronogramas definidos para o distrito.
“Estamos trabalhando para integrar sistemas e agilizar o atendimento. A população pode ter certeza de que suas demandas estão sendo monitoradas”, garante Cal, em resposta às críticas.
A limpeza de corregos é uma das principais reivindicações. Moradores alertam para o acúmulo de lixo e riscos de alagamentos, especialmente na Estrada Municipal PMG-062, onde o mato invade a pista.
“No inverno, o córrego transborda e traz sujeira para as casas. É um problema que ninguém resolve”, relata Ana Souza, residente da Vila São José.
A comunidade espera que recursos de multas de trânsito sejam direcionados para reparos em vias e limpeza de áreas públicas. A Associação de Moradores (ainda não formalizada) pode ser um canal para formalizar as demandas.
“Queremos ver ações, não promessas. Moreira César merece o mesmo tratamento que outros bairros”, conclui Maria Silva.
