A segunda edição da Marcha da Maconha em São José dos Campos está marcada para este sábado (21), com concentração às 10h na Praça Afonso Pena, no centro da cidade. Apesar do apelo por descriminalização e regulamentação do uso medicinal da maconha, o evento gera controvérsias e divide a opinião pública, especialmente entre autoridades e parte da população.
Com o slogan “Cidade Inteligente acolhe sua gente”, os organizadores afirmam que a marcha busca promover uma reflexão sobre as políticas de drogas no Brasil. Eles citam estudos que apontam benefícios terapêuticos da Cannabis sativa no tratamento de doenças como epilepsia refratária, Alzheimer, Parkinson e dores crônicas. Entretanto, essa narrativa não convence todos os setores da sociedade.
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Críticas e oposição Entre os críticos está o prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias (PSD), que já havia se posicionado contra o evento em 2023. Na época, ele tentou barrar a realização da marcha, argumentando que não apoiaria ações que façam apologia ao uso de drogas. Mesmo assim, a manifestação ocorreu em outubro, com a presença de cerca de 200 pessoas.
Este ano, Farias voltou a reforçar sua oposição nas redes sociais. Na última segunda-feira (16), ele reafirmou seu posicionamento, declarando: “Continuo com os mesmos valores e princípios. Sou contra qualquer tipo de movimento que promova o uso de drogas. Droga é crime. E ponto final.” A visão do prefeito encontra eco em muitos cidadãos que se preocupam com os impactos do evento na imagem da cidade e na juventude.
A controvérsia sobre a legalização Enquanto os organizadores defendem a descriminalização como uma medida de saúde pública, críticos apontam que a realização de marchas como essa pode banalizar o consumo de drogas, principalmente em um cenário onde a dependência química é uma realidade devastadora para muitas famílias. O debate sobre o uso recreativo e medicinal da maconha ainda está longe de um consenso, e eventos como a Marcha da Maconha levantam preocupações legítimas sobre os limites da liberdade de expressão e os impactos sociais da flexibilização das leis sobre drogas.
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