A Petrobras comunicou oficialmente que irá reduzir o preço do diesel vendido às distribuidoras a partir desta sexta-feira. A medida, que impacta diretamente o setor de transportes e pode refletir no bolso do consumidor final, é vista como uma resposta às variações no mercado internacional de petróleo e derivados, além de estratégias internas da estatal para equilibrar sua política de preços.
De acordo com a empresa, o valor do litro do diesel tipo A passará de R$ 4,02 para R$ 3,78, representando uma queda de R$ 0,24 por litro — o equivalente a uma redução de 6%. Esta é a primeira alteração no valor do diesel em 2025, e ocorre em um momento de estabilidade no preço do barril do petróleo e apreciação do real frente ao dólar.
Segundo nota oficial da Petrobras, a decisão considera os parâmetros da nova política de preços adotada em 2023, que substituiu a antiga política de paridade internacional (PPI). O modelo atual busca garantir que os preços dos combustíveis acompanhem os valores praticados no mercado interno, com menor exposição à volatilidade cambial e às oscilações do petróleo no mercado global.
“A nova política de preços permite à Petrobras competir de maneira mais eficiente, levando em conta tanto os custos de produção quanto a realidade do mercado nacional. Com isso, buscamos beneficiar o consumidor e manter a sustentabilidade da empresa”, destacou a estatal em comunicado.
A redução anunciada poderá resultar em quedas nos preços do diesel nas bombas, especialmente se os repasses forem feitos integralmente pelas distribuidoras e postos de combustíveis. No entanto, especialistas apontam que outros fatores como logística, impostos e margem de lucro de revendedores também influenciam no preço final ao consumidor.
Para o setor de transporte de cargas e passageiros, principal consumidor do diesel, a expectativa é positiva. Representantes de associações de caminhoneiros e transportadoras consideraram a medida um alívio para os custos operacionais, embora defendam uma política mais estável e previsível a longo prazo.
A Petrobras não indicou novas alterações imediatas nos preços de outros combustíveis, como a gasolina e o gás de cozinha. A estatal afirmou que continuará monitorando o mercado e atuará com base em critérios técnicos e de forma transparente.
Economistas avaliam que o impacto da redução do diesel na inflação pode ser limitado, mas positivo, especialmente no setor de alimentos, cuja cadeia depende fortemente do transporte rodoviário.
A medida deverá ser acompanhada de perto pelo governo federal, agentes econômicos e consumidores, atentos à evolução dos preços nas bombas e aos desdobramentos para o mercado interno.
