Pesquisa DataSenado e Nexus revela prevalência da direita entre eleitores brasileiros

Uma pesquisa recente, realizada pelo DataSenado em parceria com a Nexus, área de Pesquisa e Inteligência de Dados da FSB Holding, revela que a preferência por posicionamentos à direita prevalece entre os eleitores brasileiros que se identificam com alguma ala política.

 

O levantamento faz parte do Panorama Político 2024 e apresenta um retrato das tendências ideológicas no país.

 

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De acordo com os dados, 29% dos entrevistados afirmam se identificar com a direita, enquanto 15% se dizem de esquerda e 11% de centro. Os três grupos somam 55% da população, enquanto 40% dos eleitores declaram não se alinhar a nenhuma ideologia política. Além disso, 6% dos participantes não souberam ou preferiram não responder.

José Henrique Varanda, analista do DataSenado, destacou que o Brasil não apresenta uma polarização clara entre os posicionamentos mais tradicionais. “Muitos eleitores não se identificam com essas caixinhas de direita, esquerda ou centro. Quando consideramos as pessoas de centro e as que não se identificam com nenhuma dessas posições, chegamos a 57% da população”, explica Varanda.

Cenário entre religiões O estudo também revelou as preferências políticas conforme a religião dos entrevistados. Entre os evangélicos, 35% se identificam com a direita, 9% com o centro e 8% com a esquerda. Já entre os católicos, 28% preferem a direita, 15% a esquerda e 10% o centro. No grupo de pessoas sem religião, direita e esquerda empatam com 21%, seguidos por 13% que se dizem de centro.

Homens e mulheres A pesquisa também aponta diferenças de gênero nas preferências políticas. Entre as mulheres, 46% afirmam não se identificar com nenhuma ideologia, em comparação a 34% dos homens. Além disso, 34% dos homens se posicionam à direita, frente a 24% das mulheres.

Renda e escolaridade A ausência de preferência política é mais comum entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos, representando 47% desse grupo. Já entre os eleitores com renda acima de seis salários mínimos, essa taxa cai para 21%. A direita, por sua vez, obtém mais apoio entre os eleitores mais ricos, com 37%, enquanto entre os mais pobres esse número é de 25%.

A escolaridade também influencia essas tendências. Eleitores com nível superior incompleto ou completo tendem a se identificar mais com uma posição política definida, com apenas 28% não se alinhando a nenhuma ideologia. Em contrapartida, 45% dos eleitores com ensino fundamental incompleto dizem não ter interesse por política ou não se enquadram em nenhum dos três polos.

O levantamento foi realizado entre os dias 5 e 28 de junho de 2024, ouvindo 21.808 brasileiros de todas as regiões do país. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de 1,22 ponto percentual.

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