O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, protagonista de intensos debates políticos no Brasil, enfrenta crescente pressão internacional para restrições adicionais. Embora até o momento não esteja formalmente sancionado ou bloqueado pela União Europeia, um grupo significativo de deputados de direita no Parlamento Europeu já solicitou ao bloco que siga o exemplo dos Estados Unidos e imponha sanções contra o ministro.
Os parlamentares europeus, liderados pelo polonês Dominik Tarczynski, enviaram uma carta à Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, solicitando que medidas semelhantes à Lei Magnitsky sejam aplicadas contra Moraes. As acusações envolvem supostas transparentes de direitos humanos, abuso de autoridade e uso político do sistema judiciário brasileiro para reprimir adversários políticos, em especial o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Até o momento, os Estados Unidos são o país que decretou sanções efetivas contra Alexandre de Moraes, incluindo o bloqueio de bens, a suspensão de entrada no território americano e a suspensão de vistos para ele e seus familiares. Essas medidas foram adotadas com base na Lei Magnitsky, que pune estrangeiros por graves atos de violação de direitos humanos e corrupção.
No entanto, apesar da pressão crescente dos parlamentares europeus, a União Europeia ainda não formalizou nenhuma sanção contra Moraes. A situação demonstra uma tendência de politização internacional em torno de temas de justiça e política brasileira, e levanta debates sobre soberania nacional e interferência externa.
O caso de Alexandre de Moraes representa um capítulo delicado das relações diplomáticas e judiciais entre o Brasil e os atores internacionais, refletindo as profundas divisões políticas internas e o impacto dessas repercussões além das fronteiras nacionais.