Pai acusado de matar e enterrar a própria filha em casa em Jacareí vai a júri popular neste mês

Acusado de ter matado e enterrado a própria filha dentro de casa em Jacareí (SP) em maio de 2022, Sidnei Martins vai ser levado a júri popular no dia 20 de março, às 10h. O julgamento do caso, que teve grande repercussão na região, acontecerá no fórum da cidade.

O homem responde na Justiça por homicídio qualificado – por motivo fútil, com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificulte ou torne impossível defesa da vítima e com violência doméstica contra mulher – e também por ocultação do cadáver.

O acusado está preso no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos (SP) e passou por audiência em novembro de 2022. Na ocasião, a Justiça ouviu testemunhas e o réu, que participou de forma virtual.

De acordo com a acusação do Ministério Público, Geovana da Costa Martins foi morta pelo pai, por asfixia mecânica. Depois do assassinato, ele deixou o corpo da menina na cama para evitar chamar a atenção da vizinhança com barulhos durante a noite. No dia seguinte, a enterrou no cômodo do filho.

Relembre o caso

Geovana da Costa Martins dos Santos, de 13 anos, ficou cerca de 20 dias desaparecida até ser encontrada morta e enterrada dentro da casa em que morava em 2022.

Durante as investigações, a polícia descartou duas hipóteses: a de que ela poderia estar perdida em uma área de mata, já que participava de um grupo de escoteiros; e a de que ela poderia ter se envolvido com algo ilícito antes do sumiço.

Ao fazer buscas no bairro, a polícia encontrou partes de concreto e piso em um terreno baldio e, ao entrarem na casa da vítima, perceberam que os materiais eram similares. Depois da suspeita, fizeram a busca e encontraram o corpo da jovem em um saco enterrado no quarto do irmão.

Após o encontro do cadáver, o pai de Geovana chegou a confessar o crime aos policiais. Ele disse ter usado cocaína e, durante uma discussão com a filha, a estrangulou. Em seguida a enterrou.

Além dele, o filho também acabou sendo preso, mas foi liberado após a investigação. Ele não foi denunciado pelo crime. O jovem de 20 anos alegou que chegou em casa no dia em que a família havia relatado o sumiço e o pai fazia uma obra em seu quarto.

No dia 11 de junho daquele ano, o pai da jovem passou por audiência de custódia e sua prisão foi convertida em preventiva.

Já no dia 15 de julho, o Ministério Público o denunciou pela morte da adolescente e pediu o arquivamento da acusação contra o irmão.

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