A megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortos, gerou sérias consequências negativas dirigidas por órgãos públicos e instituições oficiais, especialmente no que tange às críticas, cobranças e posicionamentos formais de entidades como a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Procuradoria-Geral da República (PGR), Organização das Nações Unidas (ONU) e Ministério da Justiça.
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ)
A ALERJ, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, formalmente cobrou explicações do Ministério Público e das polícias Civil e Militar sobre a operação, considerando-a a mais letal da história do estado e classificando as favelas do Rio como um “cenário de guerra”.
A deputada Dani Monteiro (PSOL), presidente da comissão, denunciou a operação como mais um episódio de violência e traumática para os moradores das comunidades, ressaltando a falta de planejamento e respeito à vida.
A ALERJ pediu transparência, responsabilização e investigação rigorosa dos fatos, criticando a lógica bélica de confronto e a espetacularização das ações policiais, que custam milhões aos cofres públicos às custas de investimentos em saúde e educação.
Supremo Tribunal Federal (STF)
O STF, por meio da chamada ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) das favelas, estabeleceu normas para regular operações policiais com o objetivo de reduzir mortes e abusos.
O descumprimento dessas regras durante a operação gerou cobranças formais e investigações em curso para averiguar a responsabilidade do governo estadual.
A atuação do governo do Rio sob críticas é vista como possível violação da ordem judicial do STF, implicando risco de sanções e desgaste institucional.
Procuradoria-Geral da República (PGR)
A PGR atua na investigação das denúncias de violação de direitos humanos e excesso no uso da força, podendo abrir inquéritos contra agentes públicos e políticos envolvidos. Esse tipo de atuação representa pressão jurídica e política sobre o governador e seus secretários para responsabilização e revisão das políticas de segurança.
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Embora o TSE não tenha posição direta sobre a operação, repercussões políticas e uso da violência em contexto eleitoral podem gerar questionamentos futuros sobre abuso de poder político e uso eleitoral da máquina pública, considerado ilegal. Aliados de oposição podem focar nessa operação em investidas eleitorais, influenciando o cenário político estadual.
Ministério da Justiça
O Ministério da Justiça criticou a condução isolada do governo estadual e ressaltou necessidade da cooperação entre as esferas federais e estaduais.
Embora tenha apoiado o pedido do governo do Rio para o emprego da Força Nacional, destacou que a segurança pública deve ser pautada em planejamento e respeito aos direitos humanos, criticando abusos e o elevado número de mortos.
Organização das Nações Unidas (ONU)
A ONU manifestou-se publicamente, declarando-se “horrorizada” pela operação e exigindo investigação rápida e rigorosa. Destacou a necessidade de medidas urgentes para proteger a vida e os direitos humanos nas favelas, demonstrando o impacto negativo na imagem internacional do Rio de Janeiro e do Brasil.
Em resumo, órgãos públicos e instituições como ALERJ, STF, PGR, Ministério da Justiça e a ONU emitiram duras críticas e cobranças ao governo do Rio de Janeiro em decorrência da operação policial que causou mais de 120 mortes.
As principais críticas focam na violência extrema, falta de planejamento, desrespeito às normas judiciais, violação dos direitos humanos e a necessidade urgente de responsabilização e transparência.
Esses posicionamentos contribuem para o desgaste político e institucional do governador Cláudio Castro, destacando uma crise de governança e segurança pública no estado
 
				 
						
											 
						
											 
						
											 
															


