Operação Bisturi desarticula fornecimento de armas para facção no Rio de Janeiro

Operação Bisturi: Policia Federal desarticula esquema de fornecimento de armas para facção criminosa no Rio de Janeiro

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na tarde desta terça-feira (11), a Operação Bisturi, visando desarticular um esquema de fornecimento de equipamentos bélicos a uma das maiores facções criminosas atuantes no Rio de Janeiro. A ação ocorreu em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), a Secretaria Estadual de Polícia Civil (SEPOL/RJ) e a Polícia Militar (PMERJ – 20º Batalhão).

O alvo da operação foi preso preventivamente no Fórum Federal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele ocupava uma posição estratégica dentro da organização criminosa, sendo responsável pela compra, contrabando e distribuição de equipamentos como fuzis, bloqueadores de sinal, rádios comunicadores de longa distância e drones militares. Além disso, sua atuação incluía o fornecimento de dispositivos para monitoramento das forças de segurança e ataques contra facções rivais.

Histórico e impacto do esquema

Em 2024, o suspeito já havia sido detido enquanto retirava uma encomenda contendo um fuzil-antidrone, armamento utilizado para neutralizar drones adversários. Na época, também foi identificado como fornecedor de drones modificados para lançar granadas contra grupos rivais na disputa territorial na região da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. Apesar da gravidade dos crimes, ele foi solto mediante medida cautelar, que exigia comparecimento periódico à Justiça.

Além da prisão, a PF também cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao suspeito, localizados na comunidade Buraco do Boi, em Nova Iguaçu (RJ).

Espaços para o uso de drogas, uma proposta de Suplicy

A prisão do fornecedor representa um golpe significativo na estrutura logística da facção criminosa. Sem acesso facilitado a equipamentos bélicos e tecnologia avançada, o grupo pode enfrentar dificuldades operacionais em suas ações ilícitas, incluindo o enfrentamento armado com as forças de segurança e facções rivais.

A ação também reforça a crescente cooperação entre órgãos federais e estaduais no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. O uso de inteligência policial para rastrear a cadeia de suprimentos do tráfico e a interdição de rotas de contrabando são estratégias fundamentais para enfraquecer financeiramente essas organizações.

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