Moraes faz gesto obsceno em jogo do Corinthians após sanção dos EUA

Indignação pelo comportamento de uma autoridade do Judiciário

No último dia 30 de julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi ao estádio da Neo Química Arena, em São Paulo, para assistir ao clássico entre Corinthians e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O fato chama atenção não apenas pelo momento político turbulento, mas principalmente pelo comportamento do magistrado: horas após ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos baseadas na Lei Magnitsky — mecanismo voltado a punir autoridades acusadas de corrupção ou graves violações de direitos humanos —, Moraes fez um gesto obsceno com o dedo médio em pleno camarote do estádio, sendo filmado e fotografado por diversos veículos de imprensa.

A indignação é inevitável diante da postura adotada por uma das maiores autoridades do Judiciário brasileiro em um ambiente público de grande visibilidade. Para além das discussões sobre o mérito ou justiça das sanções internacionais, espera-se de um ministro do STF conduta exemplar, sobretudo diante da atual crise institucional e do papel central que o Judiciário desempenha na defesa da democracia e na repressão a abusos de poder.

O gesto obsceno de Moraes, que teria sido uma resposta a provocações de parte da torcida adversária, revela despreparo e desrespeito à liturgia do cargo. O STF, como guardião da Constituição, precisa se fazer respeitar tanto nos tribunais quanto no convívio social e público. A naturalização desse tipo de comportamento — um ato que seria considerado reprovável em qualquer cidadão, mas que é ainda mais grave quando praticado por quem deveria dar exemplo de sobriedade e compostura institucional — fere normas básicas de ética pública.

A repercussão negativa foi imediata nas redes sociais e nos meios de comunicação, expondo não só Moraes, mas também a imagem do Supremo Tribunal Federal. Em um cenário marcado por acirramento político, a postura do ministro contribui para o aumento da desconfiança e da indignação popular em relação às instituições. O episódio protagonizado por Moraes no estádio corintiano demonstra o quanto a classe dirigente muitas vezes se distancia da responsabilidade e do mínimo decoro exigidos daqueles que ocupam cargos de tamanha relevância, independentemente das circunstâncias pessoais ou políticas.

A sociedade exige — e tem total razão em exigir — que autoridades do nível de um ministro do STF se comportem com a dignidade que o cargo impõe, especialmente em ambientes públicos, onde qualquer deslize repercute de maneira ampliada e gera reflexos na confiança do cidadão no Estado de Direito. O gesto inescrupuloso de Alexandre de Moraes no estádio é sintomático de uma preocupante banalização dos bons costumes e do respeito ao público por parte de quem deveria ser exemplo para a nação

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