Neste domingo (3), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro promoveram atos em pelo menos 20 capitais e diversas cidades do interior do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belém e São José dos Campos. As manifestações, convocadas por aliados de Bolsonaro e organizadas por figuras como o pastor Silas Malafaia, tiveram como principais pautas o pedido de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, o impeachment do presidente Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em São Paulo, milhares se concentraram na Avenida Paulista, principalmente próximo ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), exibindo faixas críticas ao STF e pedindo a anistia. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) participou do ato, que contornou com deputados e vereadores ligados ao PL. Em Brasília, uma manifestação ocorreu no Eixão Sul, marcada por discursos contra Lula e Moraes, enquanto em Belém, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou do protesto.
As manifestações também apresentaram símbolos e bandeiras dos Estados Unidos, além de cartazes em inglês com agradecimentos a Donald Trump e pedidos de ajuda externa, reforçando o tom internacionalizado do discurso bolsonarista. Apesar da forte mobilização, o ex-presidente Bolsonaro não comparou aos atos por imposições legais, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrição de circulação.
Além das capitais, cidades do interior paulista como São José do Rio Preto, Araçatuba e Bauru também registraram protestos. O slogan “Reaja, Brasil” marcou os atos, que demonstram a continuidade da mobilização da base bolsonarista em todo o território nacional e intensificam a pressão política contra o atual governo e o STF.
A Polícia Federal e outras autoridades acompanham as manifestações, que evidenciam o clima polarizado do país e os desafios para a estabilidade democrática.
Este cenário reforça a importância de observação contínua dos desdobramentos políticos nos próximos dias, na medida em que os protestos influenciam a agenda política nacional e a atuação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
