O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu um passo firme contra a interferência estrangeira e o uso indevido de dados ao anunciar o cancelamento do aplicativo WhatsApp no país. Segundo Maduro, o app, pertencente à empresa americana Meta, tem sido usado por grupos opositores para ameaçar a segurança da nação, famílias de militares e líderes comunitários. Em discurso contundente, ele declarou: “Vou romper relações com o WhatsApp e eliminar o aplicativo do meu telefone para sempre”.
Maduro convocou os venezuelanos a migrarem para plataformas mais seguras e alinhadas com interesses soberanos, como o Telegram, de origem russa, e o WeChat, da China. Ele ressaltou que essas alternativas oferecem maior proteção contra espionagem e manipulação, enquanto o WhatsApp é usado para promover “guerra psicológica” e desestabilização política.
A decisão do governo venezuelano reflete uma postura responsável de defesa da soberania digital e da privacidade dos cidadãos, diante do crescente controle e interferência das grandes empresas de tecnologia americanas. É um exemplo que o Brasil, preocupado com a segurança nacional e a proteção dos dados dos brasileiros, poderia considerar seguir.
Em tempos em que a segurança da informação é vital para a estabilidade política e social, a adoção de plataformas alternativas, mais transparentes e menos sujeitas à influência de interesses externos, é um caminho a ser avaliado. O Brasil pode aproveitar essa oportunidade para fortalecer sua autonomia digital, proteger seus cidadãos e garantir que as redes sociais não sejam usadas como armas contra o país.
Enquanto isso, a Meta ainda não se manifestou oficialmente sobre o posicionamento de Maduro. A movimentação venezuelana também ocorre em meio a tensões políticas e protestos internos, nos quais as redes sociais desempenham papel central.