Discurso do presidente Lula no Fórum Mundial da Fome ignora crise real: Programas sociais incham, economia afunda e empreendedor vira vilão
O presidente Lula, em seu discurso no Fórum Mundial da Alimentação 2025 realizado em Roma, destacou a fome como inimiga da democracia e um dos maiores obstáculos ao exercício pleno da cidadania.
Ele enfatizou a necessidade de colocar os pobres no orçamento dos países e cobrou maior compromisso global para o combate à fome, incluindo a reforma das prioridades financeiras mundiais e a taxação dos super-ricos para financiar ações sociais.
Lula também citou como conquista a saída do Brasil do Mapa da Fome da FAO, atribuindo isso a políticas integradas de transferência de renda e fortalecimento da agricultura familiar.
Contudo, há disparidades significativas entre o discurso presidencial e a realidade do atual governo.
Enquanto Lula enaltece programas sociais como o Bolsa Família e destaca a redução da insegurança alimentar, os números recentes apontam para um crescimento contínuo e até aumento na quantidade de beneficiários desses programas, refletindo um problema estrutural de pobreza persistente no país que não é resolvido apenas pela ampliação do assistencialismo, mas sim por políticas econômicas sustentáveis e inclusão produtiva efetiva.
Além disso, a economia brasileira enfrenta uma forte pressão devido à elevada carga tributária, que encarece o custo Brasil e dificulta o crescimento das atividades empreendedoras.
Muitos empresários sentem-se desmotivados, pois as ações governamentais tendem a tratar o empreendedor muitas vezes como um inimigo, devido à excessiva burocracia e tributação, além de um ambiente regulatório complexo e político que privilegia excessivamente medidas assistencialistas em detrimento do desenvolvimento econômico real.
Essa desconexão entre o discurso idealizado da liderança e os desafios práticos enfrentados pelo país reflete uma realidade onde o combate à fome e pobreza esbarra em dificuldades estruturais econômicas e políticas.
Enquanto Lula clama por justiça social e distribuição adequada, muitos brasileiros vivem o paradoxo de um Brasil que produz alimentos para o mundo, mas onde a fome e as desigualdades persistem, agravadas por um sistema tributário opressor e uma visão governamental que não valoriza suficientemente o empreendedorismo como motor fundamental do desenvolvimento e geração de empregos.