O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro, nesta quinta-feira (17), que poderá encerrar as plataformas de apostas esportivas no Brasil, caso a regulação não seja eficaz. Em entrevista à Rádio Metrópole, durante sua agenda em Salvador, Lula afirmou: “Se a regulação der conta, está resolvido o problema, se não der conta, eu acabo”.
A declaração veio após a retirada de mais de 2 mil sites ilegais de apostas no dia 11, em ação conjunta do Ministério da Fazenda e Anatel.
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A preocupação do presidente gira em torno dos impactos negativos das apostas para a população mais vulnerável. Segundo ele, a facilidade de acesso a essas plataformas por crianças e pessoas humildes é um problema que o governo não quer perpetuar.
Até o momento, 98 empresas com 215 bets foram autorizadas a operar no Brasil até dezembro, de acordo com o Ministério da Fazenda. As plataformas terão de seguir normas rigorosas, incluindo combate à fraude e à lavagem de dinheiro. Além disso, o CPF dos jogadores deverá ser registrado, permitindo o monitoramento de seus históricos financeiros para proteger a saúde mental e financeira dos apostadores.
No início de outubro, Lula também reuniu ministros para discutir os riscos de dependência e endividamento causados pelas apostas. Dados do Instituto Locomotiva revelam que, entre janeiro e julho deste ano, 25 milhões de pessoas fizeram apostas, com um total de R$ 52 milhões movimentados. Destes apostadores, 86% possuem dívidas e 64% estão com o nome negativado na Serasa.
Com o fim do ano se aproximando, o Ministério da Fazenda deve concluir a análise definitiva das autorizações para empresas de apostas. O mercado regulado, que deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, trará novos desafios para o controle e fiscalização dessa prática.
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