Jornalista da Globo se retrata após comentário polêmico sobre guerra no Oriente Médio

A jornalista Eliane Cantanhêde, conhecida por sua longa carreira na imprensa brasileira, causou repercussão negativa após um comentário feito no programa Em Pauta, da GloboNews, sobre o conflito entre Irã e Israel. Durante o debate, Cantanhêde afirmou que os mísseis iranianos “não matam ninguém”, frase que foi interpretada por muitos como uma banalização da ameaça representada pelo regime iraniano.

O comentário gerou críticas nas redes sociais, especialmente entre aqueles que veem no Irã uma ameaça real à segurança regional e global, dado seu histórico de apoio a grupos terroristas e seu programa nuclear controverso. Após a repercussão, a jornalista usou suas redes sociais para se retratar, afirmando que se expressou mal e que sua intenção era fazer uma análise técnica sobre a eficácia dos armamentos e sistemas de defesa, e não minimizar o conflito ou as vítimas.

Cantanhêde também condenou o antissemitismo e reforçou que não “lamenta poucas mortes” em qualquer guerra, destacando a importância de compreender por que os ataques do Irã têm sido menos letais que os de Israel. A GloboNews, por sua vez, emitiu nota oficial reafirmando seu compromisso com uma cobertura ampla e isenta, sem espaço para preconceitos ou intolerância.

Apesar da retratação, o episódio evidencia o desafio enfrentado pela grande mídia ao tratar de temas complexos como o Oriente Médio, onde o equilíbrio entre análise crítica e posicionamento claro contra regimes autoritários é fundamental. Muitos críticos apontam que a postura da jornalista e da emissora soa como um recuo diante de um inimigo que representa uma ameaça real à estabilidade internacional.

Especialistas em geopolítica destacam que o Irã, aliado estratégico da Rússia e desafiador dos interesses ocidentais, tem ampliado sua influência por meio de grupos armados e do avanço de seu programa nuclear, o que justifica a firmeza dos Estados Unidos e seus aliados na região. A entrada dos EUA no conflito, com ataques a instalações nucleares iranianas, reforça a necessidade de uma postura clara e sem ambiguidades contra o regime de Teerã.

Este episódio serve como alerta para a imprensa brasileira, que precisa equilibrar a busca por pluralidade de opiniões com a responsabilidade de informar com precisão e firmeza sobre ameaças reais à segurança global.

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