Na sexta-feira (13) e sábado (14) de junho de 2025, o Irã lançou uma série de ataques com centenas de mísseis balísticos contra Israel, atingindo principalmente Tel Aviv e outras regiões centrais do país. O governo israelense confirmou os ataques e ativou seus sistemas de defesa, incluindo o Domo de Ferro, para interceptar a maioria dos projéteis lançados.
Segundo o Exército de Israel, menos de 100 mísseis iranianos foram disparados em duas grandes ondas, a maioria interceptada ou caiu antes de atingir o território israelense. No entanto, várias ogivas conseguiram atingir áreas urbanas, causando danos moderados em edifícios residenciais e deixando dezenas de civis feridos. De acordo com o jornal “Haaretz”, 21 pessoas ficaram feridas na sexta-feira, com duas em estado grave, e no sábado o número de feridos subiu para pelo menos 82, além de três mortos confirmados.
Um míssil atingiu casas na cidade de Rishon Lezion, no centro de Israel, provocando duas mortes e 19 feridos. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém, e sirenes de alerta soaram em várias regiões, obrigando civis a buscar abrigo em bunkers.
O Irã declarou que os ataques são uma resposta direta às ofensivas israelenses contra suas instalações nucleares e à morte de altos comandantes iranianos em operações aéreas recentes. A Guarda Revolucionária Islâmica afirmou ter realizado uma “resposta decisiva e precisa” contra dezenas de alvos militares israelenses, incluindo bases aéreas e centros industriais.
Do lado israelense, o ministro da Defesa, Israel Katz, condenou o ataque, afirmando que o Irã “cruzou a linha vermelha” ao atingir civis e que pagará um alto preço por isso. O Exército israelense mobilizou milhares de profissionais de resgate e reforçou as defesas antiaéreas para conter as ondas de mísseis.
O confronto atual é uma escalada significativa da tensão entre os dois países, que já vinham se enfrentando em operações militares e ataques cibernéticos. Israel lançou uma operação chamada “Rising Lion”, que atingiu mais de 100 alvos no Irã, incluindo instalações nucleares e líderes militares, provocando a forte retaliação iraniana.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em pronunciamento, alertou que o regime israelense “não sairá ileso” das consequências e que a vida para os israelenses “se tornará amarga”, reforçando o tom beligerante do conflito.
Este episódio marca uma das maiores escaladas militares recentes no Oriente Médio, com potencial para ampliar ainda mais o conflito regional e envolver outros países aliados. A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos e apela por contenção e diálogo para evitar uma guerra mais ampla.