A Coordenação de Arte da Secretaria de Educação de Ubatuba participou de três dias de atividades externas, que fizeram parte do evento “Instabilidades Costeiras”, realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), entre os dias 29 e 31 de outubro. O encontro integra o programa europeu S+T+ARTS e foi promovido em parceria com a TBA21–Academy, o Pivô Pesquisa e o IOUSP.
O evento marcou o início da residência artística internacional “Shifting Shores”, que reúne artistas, cientistas e comunidades costeiras em torno das transformações climáticas e ecológicas das zonas litorâneas. As atividades iniciais ocorreram na Base Clarimundo de Jesus, em Ubatuba, com o “Ocean Edge”, espaço de diálogo entre práticas artísticas e pesquisas científicas. Em seguida, o grupo participou da Oficina de Algicultura – Ciência e Arte, promovida com o Instituto de Pesca (APTA) e a comunidade caiçara da Barra Seca, conduzida por Eusébio Higino de Oliveira, o “Seu Gino”.
Durante as oficinas, foram discutidos temas relacionados à sustentabilidade marinha, ao uso de tecnologias locais e à integração entre ciência, arte e saberes tradicionais. A programação também incluiu dinâmicas colaborativas e debates sobre práticas regenerativas para ambientes costeiros, com a presença das artistas Licida Vidal, Letícia Ramos e Alberta Whittle.
“Foi um privilégio participar desse evento, porque foram dias muito intensos de troca. Essas conexões com pessoas de diferentes países, unidas no desejo de juntar arte e ciência, principalmente no meio ambiente, mostram como surgem novas maneiras de pensar o cuidado com o planeta. A arte, quando vem com esse olhar sensível, misturado ao rigor da pesquisa científica, faz a gente deslumbrar futuros mais sustentáveis e humanos”, comentou a coordenadora de Arte, Adriana Dias.
Ela também ressaltou que os temas abordados estão alinhados ao currículo municipal. “Para a Secretaria de Educação, a grande importância é que tudo o que foi debatido dialoga com o nosso currículo. O Instituto Oceanográfico está cada vez mais próximo da educação. O Laboratório de Arte e Ciência Oceânica (LACO) já é parceiro e agora estamos estreitando um convênio para que futuramente professores recebam formação e alunos possam realizar visitas, o que ainda não havia acontecido. Aquele espaço sempre foi uma ilha dentro da cidade, e agora essa aproximação se concretiza”, acrescentou Adriana.
O evento integra o conjunto de ações da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano e consolida uma rede global de cooperação entre arte, ciência e comunidades costeiras.
				
						
											
						
											
						
											
															



