EUA cancelam vistos da esposa e filha do ministro Padilha

Os Estados Unidos cancelaram os vistos da esposa e da filha, de 10 anos, do ministro da Saúde do governo Lula, Alexandre de Padilha. As duas estão no Brasil e foram informadas do cancelamento por meio de comunicados enviados pelo Consulado Geral dos EUA em São Paulo nesta quinta-feira, 15 de agosto de 2025.

A decisão faz parte de uma série de avaliações aplicadas pelo governo norte-americano contra membros do Ministério da Saúde brasileiro e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) envolvidos no programa Mais Médicos, que, segundo os EUA, estaria vinculado a um esquema de exploração de mão de obra médica cubana por trabalho empregado.

De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, a revogação dos vistos ocorreu devido a “informações históricas” de que a esposa e a filha do ministro não seriam mais elegíveis para manter seus vistos. Alexandre Padilha, por sua vez, não foi afetado diretamente porque seu visto foi vencido desde 2024.

O Programa Mais Médicos, criado em governos anteriores e retomado no mandato atual, visa levar profissionais de saúde às regiões carentes do Brasil, incluindo áreas periféricas e interiores. Porém, segundo o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, o programa teria usado a OPAS como intervenção para implementar uma política que explorava médicos cubanos e beneficiasse financeiramente o regime cubano, burlando avaliações dos EUA.

Em resposta às avaliações, o ministro Padilha utilizou as redes sociais para defender o programa, afirmando que ele “sobreviverá aos ataques injustificáveis” porque “salva vidas” e tem a aprovação da população brasileira. O presidente Lula também manifestou apoio, ressaltando o respeito do Brasil em relação a Cuba, que sofre um bloqueio econômico há mais de 70 anos.

As análises incluem ainda outros funcionários envolvidos no planejamento e execução do programa Mais Médicos, como Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, além de ex-membros da OPAS.

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