Emmanuel Macron, o amigo do Lula se mostra inimigo do agro brasileiro. A recente decisão do Carrefour, um dos maiores grupos de varejo da França, de boicotar as carnes do Mercosul, especialmente do Brasil, acendeu um alerta no setor agropecuário brasileiro e gerou uma onda de reações políticas. O CEO da empresa, Alexandre Bompard, anunciou que a rede não mais comercializará carnes provenientes de países como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em resposta a pressões de agricultores franceses que temem a concorrência desleal diante do potencial acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Essa medida não apenas reflete uma postura protecionista da França, mas também expõe as tensões geopolíticas e econômicas entre a Europa e os países sul-americanos.
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Reações do agro brasileiro
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, imediatamente criticou a decisão do Carrefour e sugeriu um boicote à rede em território brasileiro. Mendes argumentou que se o Carrefour não valoriza as carnes brasileiras, os consumidores brasileiros também não deveriam apoiar a marca. Ele descreveu o discurso ambientalista da França como “hipócrita”, afirmando que essa postura visa criar barreiras ao agronegócio brasileiro. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou essa crítica ao desmentir as alegações de Bompard sobre a qualidade das carnes brasileiras, defendendo que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e avícola, com rigorosos padrões sanitários reconhecidos internacionalmente.
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A manobra política de Emmanuel Macron
A situação ganha contornos ainda mais complexos quando se considera a visita recente do presidente francês Emmanuel Macron ao Brasil para a COP29. Durante sua estadia, Macron buscou se apresentar como um aliado dos brasileiros, visitando pontos turísticos no Rio de Janeiro e gravando vídeos com o prefeito Eduardo Paes. Essa estratégia parece contradizer as ações do Carrefour e levanta questões sobre a verdadeira intenção da França em relação ao Brasil. Enquanto Macron tenta cultivar uma imagem amigável diante das câmeras, suas políticas internas e as decisões de empresas francesas como o Carrefour revelam uma agenda protecionista que pode prejudicar as relações comerciais entre os dois países.
O boicote do Carrefour às carnes do Mercosul não é apenas uma questão comercial; é um reflexo das manobras políticas em jogo na Europa. O governo francês, sob a liderança de Macron, enfrenta pressões internas que podem comprometer acordos internacionais vitais para economias emergentes como a do Brasil. As reações contundentes dos líderes brasileiros indicam que este conflito pode se intensificar, colocando em risco não apenas as relações bilaterais, mas também o futuro do comércio entre a Europa e o Mercosul. A situação exige atenção redobrada dos envolvidos para evitar um agravamento nas tensões comerciais e políticas.