Correios enfrentam crise profunda com plano de demissão de 15 mil colaboradores. A estatal brasileira anunciou medidas drásticas de reestruturação para cortar prejuízos acumulados de R$ 6 bilhões em 2025.
Contexto da Crise
Os Correios sofrem com queda na receita desde 2016, devido à digitalização das comunicações que reduziu o envio de cartas e à concorrência no e-commerce. O prejuízo no terceiro trimestre de 2025 chegou a R$ 1,6 bilhão, triplicando o de 2024, agravado por despesas operacionais, passivos judiciais e dívida. A empresa busca aporte emergencial do governo de R$ 5 a 6 bilhões para pagar salários e fornecedores até o fim de 2025.
Plano de Reestruturação
O plano em três fases inicia em janeiro de 2026, prevendo fechamento de 1 mil agências (20% das unidades) e redução de 18% no quadro de funcionários. Inclui dois PDVs para 10 mil demissões em 2026 e 5 mil em 2027, revisão de plano de saúde, previdência e cargos de alta remuneração, gerando economia anual de R$ 2,1 bilhões com pessoal. Venda de imóveis deve render R$ 1,5 bilhão, totalizando cortes de R$ 4,2 a 5 bilhões até 2028.
Impactos e Perspectivas
As medidas visam captar R$ 20 bilhões em crédito e redesenhar a malha logística para eficiência. Críticos apontam ciclo vicioso de prejuízos sem privatização, enquanto a direção alerta para rombo de R$ 23 bilhões em 2026 sem ação. Trabalhadores temem impactos sociais, com cancelamento de benefícios
