Conta de luz terá aumento em maio com bandeira amarela

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (25) a ativação da bandeira tarifária amarela para maio, encerrando um ciclo de cinco meses com a bandeira verde. O acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos impactará residências, comércios e indústrias a partir das próximas faturas. A medida reflete a transição para o período seco e o aumento do custo de geração com termelétricas.

Por que a conta vai subir?

A decisão foi motivada por três fatores:

  1. Redução das chuvas: Previsões indicam vazões abaixo da média em usinas hidrelétricas, principal fonte da matriz brasileira.
  2. Ativação de termelétricas: Fontes térmicas, mais caras, serão acionadas para compensar a menor geração hídrica.
  3. Cenário de risco: Modelos de precificação do mercado energético incorporam custos elevados para evitar desabastecimento.

Apesar dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estarem em 71,1% de capacidade, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projeta chuvas 34% a 80% abaixo da média histórica em maio, dependendo da região.

Impacto no bolso e projeções

  • Custo adicional: Uma residência que consuma 200 kWh/mês pagará R$ 3,77 a mais na fatura.
  • Tendência para 2025: Projeções da CCEE indicam possível bandeira vermelha a partir de junho, com acréscimos de até R$ 7,87 por 100 kWh.
  • Inflação: O reajuste médio das tarifas em 2025 está estimado em 3,5%, abaixo do IPCA projetado (5,6%), mas as bandeiras podem pressionar o índice.

Como funcionam as bandeiras tarifárias?

Criado em 2015, o sistema sinaliza os custos reais da geração de energia:

BandeiraCusto por 100 kWhCondições
VerdeR$ 0,00Geração predominantemente hídrica
AmarelaR$ 1,885Acionamento moderado de termelétricas
Vermelha 1R$ 4,463Alta dependência de fontes térmicas
Vermelha 2R$ 7,877Risco de desabastecimento

A Aneel reforça a necessidade de consumo consciente para mitigar gastos.

Contexto nacional

A medida ocorre após um aumento de 16,8% nas tarifas em fevereiro, decorrente do fim de um bônus temporário4. Para especialistas, o cenário expõe a vulnerabilidade do setor às variações climáticas e a necessidade de diversificar a matriz energética.

Enquanto isso, consumidores como a aposentada Maria Silva, 68, se preparam: “Vou desligar mais luzes e evitar o chuveiro elétrico no horário de pico”. A recomendação da Aneel é priorizar eletrodomésticos eficientes e revisar hábitos de consumo

Compartilhe esse post :

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest