O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2024 acontece em todo o Brasil nos dias 3 e 10 de novembro. Este ano, cerca de cinco milhões de candidatos estão inscritos na prova, que pode ser a porta de entrada para diversas universidades públicas e privadas, ou ainda garantir uma bolsa de estudos – no Brasil e no exterior.
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A prova foi criada pelo Ministério da Educação em 1998, para avaliar o desempenho dos estudantes brasileiros ao final da educação básica. Com o passar do tempo, a metodologia foi sendo aprimorada. Atualmente, a avaliação exige do estudante habilidades de compreensão, análise crítica e a capacidade de fazer conexões entre áreas do conhecimento.
Nesse cenário, alunos de escolas bilíngues tendem a ter melhor desempenho em provas como o ENEM e processos seletivos disputados, sejam eles nacionais ou internacionais. Essas instituições costumam ter como foco pedagógico preparar o aluno a desenvolver habilidades cognitivas, incentivando a resolução de problemas e o pensamento crítico – competências fundamentais para a aprovação.
Aluno bilíngue tem maior repertório
Uma característica muito forte do Enem é trazer atualidades para as questões. E não apenas para testar se o aluno é antenado aos temas e discussões sociais, mas fazendo um paralelo com os conteúdos aprendidos durante a trajetória escolar, conectando as disciplinas aos temas atuais globais e desafios da sociedade.
“O Enem tem uma tradição de trazer questões atuais, como inteligência artificial, mudanças climáticas, temas globais como geopolítica e imigração, entre outros. Todos esses são temas que nossos alunos possuem familiaridade no dia a dia das aulas”, afirma a diretora da Escola Bilíngue Aubrick, Fátima Lopes. A instituição foi a primeira no Brasil a receber a mais reconhecida certificação de educação internacional do mundo, Cambridge International School, para os segmentos de Primary e Lower Secondary.
A Aubrick, que oferece um currículo internacional a estudantes do ensino básico, acredita que quem fala mais de um idioma pensa de formas diferentes e é capaz de formar pensamento crítico e ter mais flexibilidade nas diferentes situações da vida. A proposta sociointeracionista da escola estimula o conhecimento do mundo dos alunos, incentivando a sustentabilidade, a formação humana, a valorização das expressões artísticas e o desenvolvimento de competências e habilidades.
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Compreender mais do que decorar
O aluno pode não saber todo o conteúdo ou tema da questão, mas se ele tiver uma boa interpretação de texto e capacidade de fazer conexões, pode se dar bem em processos seletivos e provas como o Enem.
Na Escola Internacional de Alphaville, o projeto pedagógico acredita que não basta decorar conteúdos para uma avaliação final, o aluno precisa compreender o que está aprendendo profundamente. Desde 2010, a unidade usa o projeto de leitura e escrita Reading and Writing Project do Teachers College da Columbia University, de Nova York.
“Incentivamos o aprendizado colaborativo, com oficinas de escrita e de leitura, os alunos podem trabalhar de forma mais independente do professor e com seus parceiros de trabalho. Nós também estimulamos os alunos a serem leitores e escritores ávidos, com uma escolha cuidadosa das recomendações de leitura até a construção de narrativas em sala de aula, o que é feito de forma colaborativa e também independente”, conta o diretor da unidade, Ricardo Chioccarello.
A escola também prepara os alunos para a redação do Enem, por meio de laboratórios focados na produção de texto, a partir do 9º ano do Ensino Médio. Para a instituição, a redação não é simplesmente mais uma disciplina que cai no vestibular: escrever bem não é um conhecimento como usar uma fórmula matemática, mas uma habilidade aprofundada e desenvolvida.
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Inglês tem peso no ENEM
Muitos estudantes acabam deixando a preparação da língua estrangeira de lado, acreditando que a disciplina não terá tanto peso na nota final da prova. Entretanto, apesar de serem cobradas apenas cinco questões, elas representam 11% do peso da prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. E a depender de qual carreira ou instituição de ensino o aluno almeja, essas cinco questões podem fazer muita diferença.
Nesse quesito da prova, os alunos bilíngues demonstram maior facilidade. O colégio bilíngue BIS (Brazilian International School), de São Paulo, integra a Língua Inglesa ao cotidiano dos estudantes desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio/High School. Essa abordagem permite que eles desenvolvam a fluência de maneira natural, não apenas como uma disciplina, mas como uma ferramenta de comunicação essencial, pela qual o conhecimento é adquirido. O programa pedagógico promove a naturalização do uso do idioma, enriquecendo a capacidade dos alunos de se comunicarem e perceberem o outro.
“As escolas bilíngues diferem muito das escolas tradicionais, que têm o inglês como segundo idioma. Nós temos um grande diferencial, que é incentivar a leitura de literatura na Língua Inglesa, o que prepara nosso estudante para interpretar textos longos e densos que os vestibulares costumam trazer em questões. Além disso, em instituições que ensinam e praticam o inglês desde cedo, o aluno já chega na época do vestibular e do ENEM fluente”, opina a diretora pedagógica, Audrey Taguti.
O BIS também prepara os alunos para o SAT (Scholastic Assessment Test), um exame padronizado utilizado para avaliar a prontidão de alunos do Ensino Médio para o ensino superior nos Estados Unidos. Ele é amplamente aceito por universidades e faculdades internacionais como parte do processo de admissão. Ao final desse segmento, os alunos do BIS também realizam o TOEFL IBT, exame de proficiência exigido para ingresso em universidades americanas e europeias.
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Vestibulares no exterior
Ao final da vida escolar, os alunos das escolas bilíngues (que oferecem os currículos brasileiro e internacional concomitantemente) – com o “dual diploma” – brasileiro e internacional – em mãos e a fluência adquirida, podem concorrer a uma vaga nas melhores universidades brasileiras ou estrangeiras.
O Enem
No primeiro dia de prova do Enem 2024, os alunos realizarão as questões das áreas de Ciências Humanas, Linguagens e Códigos e Redação. No segundo dia da maratona de provas, será a vez das questões de Matemática e Ciências da Natureza. Este ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza a prova, recebeu mais de 5 milhões de inscrições, número bem maior do que nas edições anteriores. A participação é requisito obrigatório para acesso a programas educacionais como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O exame ainda pode ser utilizado como forma de ingresso em universidades de Portugal.
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