A Câmara Municipal de Taubaté aprovou no dia 13 de maio um reajuste salarial de 4,83% para os servidores do Legislativo, com efeito retroativo a 1º de maio. A medida, proposta pela Mesa Diretora, tem como justificativa a reposição das perdas inflacionárias de 2024, conforme o índice IPCA registrado no ano passado.
Apesar do argumento de que o percentual foi definido com base na análise da execução orçamentária da Câmara, a decisão tem gerado indignação entre a população, que questiona o aumento em um momento de dificuldades econômicas e cortes em outras áreas públicas. Para contextualizar, o orçamento da Câmara para 2024 foi de R$ 46,956 milhões, dos quais R$ 32,414 milhões foram destinados a despesas com pessoal. Para 2025, o orçamento previsto é de R$ 45,6 milhões, com gastos projetados de R$ 32,46 milhões em folha de pagamento, e para 2026, orçamento de R$ 46,482 milhões, com despesas de R$ 33,448 milhões para pessoal.
Nos últimos anos, os servidores já receberam reajustes consideráveis: 9% em 2022, 5,75% em 2023 e 4,6% em 2024. A soma desses aumentos tem provocado críticas de setores da sociedade que apontam para a necessidade de maior controle dos gastos públicos, sobretudo diante da indefinição do reajuste para os servidores da Prefeitura de Taubaté, cujo dissídio ainda não foi definido e tem causado insegurança no funcionalismo municipal.
Enquanto a Câmara aprova o reajuste para seus servidores, a Prefeitura, sob o comando do prefeito Sérgio Victor, já anunciou que não concederá aumento salarial na data-base de maio, alegando a necessidade de reequilibrar as contas públicas e buscar alternativas para melhorias futuras, sem comprometer o orçamento atual.
A aprovação do reajuste na Câmara de Taubaté reacende o debate sobre a gestão dos recursos públicos e a valorização dos servidores, em um cenário de expectativas distintas entre os poderes municipais e a população, que aguarda respostas e soluções para as demandas sociais e econômicas do município.