Na última segunda-feira (21/10), um cabo temporário do Exército foi preso no Comando de Aviação do Exército (Cavex), em Taubaté (SP), por suspeita de ligação com grupos neonazistas. A prisão ocorreu após uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Santa Catarina, como parte da investigação “Sobrecarga”, que visa desmantelar grupos de extremismo violento.
Segundo o Gaeco, os militares participaram ativamente de um desses grupos, embora seus supostos crimes não estivessem diretamente relacionados às suas funções dentro das Forças Armadas. A expertise do cabo em táticas de combate e manejo de armas de fogo aumentava o risco das atividades do grupo.
Interligação de Reservatório Provoca Desabastecimento de Água em Ilhabela na Madrugada de Quarta
A operação “Sobrecarga” teve abrangência nacional, com ações em cidades como São Paulo, Curitiba (PR), Cocal do Sul (SC), Jaraguá do Sul (SC), Pomerode (SC), Caxias do Sul (RS) e Aracaju ( SE). O objetivo era combater a propagação de discursos de ódio, antissemitismo e apologia ao nazismo, além de neutralizar planos de ataques violentos.
O grupo neonazista investigado conta ainda com uma banda que promove esses ideais em apresentações pelo Brasil. O Exército Brasileiro, através do Comando Militar do Sudeste, emitiu uma nota oficial, informando que o preso militar permanece à disposição da Justiça e que todas as medidas administrativas estão sendo tomadas para a completa elucidação dos fatos.
Na nota, o Exército também destacou que não tolera comportamentos que afrontem seus valores e princípios. O Gaeco faz parcerias que os membros do grupo adotam símbolos ligados ao nazismo, como o Sol Negro, em combinação com armas de fogo, como o fuzil AK-47, em suas representações.
