O Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de casos de dengue neste ano, de acordo com a última atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Até agora, foram notificados 4.127.571 casos prováveis da doença em todo o país nos primeiros quatro meses.
Em relação às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e outras 2.345 estão sendo investigadas. O coeficiente de incidência da doença no país é de 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
A faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Por outro lado, a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.
As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.
Projeções divulgadas no início do ano indicam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885.
No combate à dengue, o Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram a Biofábrica Wolbachia em Belo Horizonte. A unidade, gerida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), permitirá ao Brasil aumentar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.
A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de transmitir os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.