Intoxicação por Metanol em Bebidas: 1 Morte e 8 Internações em São Paulo
O estado de São Paulo enfrenta um preocupante surto de intoxicação por metanol associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
Em menos de 25 dias, nove casos foram registrados, incluindo um óbito e oito internações, em um episódio considerado inédito pelo volume elevado de ocorrências em curto período.
Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, esses casos chamam atenção por ocorrerem em situações sociais comuns, como bares e encontros, envolvendo diferentes tipos de bebidas — gin, whisky, vodka, entre outras.
A intoxicação por metanol, substância altamente tóxica e não destinada ao consumo humano, pode levar a sintomas graves e evoluir para quadros fatais.
Os registros foram notificados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas, referência em toxicologia no estado, e reportados ao sistema federal de alerta.
Historicamente, o Ciatox recebia casos de metanol associados ao consumo de combustíveis por populações vulneráveis, mas a atual situação representa uma nova modalidade de contaminação em ambientes sociais.
A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou que a vítima fatal foi um homem de 54 anos da Zona Leste da capital, que apresentou sintomas em início de setembro e faleceu dias depois.
Outros casos estão sob investigação, incluindo um paciente em São Bernardo do Campo.
O governo federal emitiu um alerta público para que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa e para que estabelecimentos e autoridades intensifiquem a fiscalização.
A Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos destacou que o cenário pode evoluir para um surto epidêmico, dado o potencial de contaminação em massa e a alta taxa de letalidade do metanol.
Este alerta reforça a importância da conscientização sobre os riscos do consumo de bebidas adulteradas e a necessidade de resposta rápida das autoridades sanitárias para controlar e impedir a expansão dos casos.