Imagine acordar e descobrir que sua conta bancária amanheceu com um saldo milionário. Foi o que aconteceu com um morador, no interior do Brasil, que teve uma surpresa nada comum ao checar seu extrato bancário.
O cliente, que prefere não ser identificado, relatou que recebeu um depósito de mais de R$ 2 milhões em sua conta corrente, feito por um grande banco nacional. O valor, segundo ele, apareceu sem qualquer aviso prévio ou justificativa aparente.
“Na hora, achei que era golpe. Mas conferi no aplicativo e estava lá, como um depósito legítimo feito pelo próprio banco. Fiquei em choque”, contou o cliente, que é trabalhador autônomo e mantém movimentações modestas em sua conta.
A assessoria de imprensa da instituição financeira confirmou o erro e classificou o episódio como um “deslize operacional raro”. Segundo o banco, uma falha no sistema interno de processamento causou o envio indevido de valores a contas aleatórias. A empresa afirma que o problema foi rapidamente detectado e as quantias começaram a ser estornadas poucas horas depois do incidente.
“O valor depositado indevidamente já foi retirado da conta do cliente, e nenhuma penalização será aplicada. Pedimos desculpas pelo transtorno e reforçamos nosso compromisso com a segurança e a transparência”, afirmou o banco em nota oficial.
E se o cliente gastasse o dinheiro?
O caso reacende o debate sobre as responsabilidades civis em situações desse tipo. De acordo com especialistas em direito bancário, mesmo que o valor apareça “do nada” na conta, utilizá-lo pode configurar apropriação indébita, um crime previsto no Código Penal brasileiro.
“O dinheiro não pertence ao cliente, e o uso desse valor pode ter consequências legais sérias. A recomendação é sempre comunicar o banco e aguardar a correção”, alerta a advogada financeira Camila Ribeiro.
Nas redes sociais, o caso repercutiu com bom humor. “Nem chequei meu extrato hoje, vai que tenho R$ 2 milhões lá também”, brincou um internauta. Outro escreveu: “Se apareceu na conta, é meu, e o banco que lute!”.
Apesar da situação inusitada, o cliente envolvido na história diz que encarou tudo com maturidade:
“Fiquei assustado, mas sabia que não era meu. Se fosse de verdade, eu já estava em Paris!”, riu.