A ineficiência do “quebra e refaz” da MRS em Pindamonhangaba

A ineficiência do “quebra e refaz”: transtornos e descaso na manutenção da travessia de pedestre da MRS em Pindamonhangaba

Quem frequenta a região central de Pindamonhangaba certamente tem sentido na pele os transtornos causados pela manutenção da travessia de pedestres na Rua Frederico Machado, uma obra que se tornou sinônimo de interrupções constantes, desconforto e até risco para parte significativa da população.

A MRS Logística, responsável pela operação da linha férrea e pelas obras relacionadas, declarou recentemente investimentos superiores a R$ 30 milhões em melhorias na infraestrutura ferroviária da cidade. No papel, um montante que poderia significar avanços importantes para a mobilidade urbana local. Na prática, porém, o que se vê é um verdadeiro “quebra e refaz” da obra, que deixa o trânsito interditado de forma recorrente e prolongada, piorando o caos no centro urbano e exigindo paciência que o cidadão comum não deveria ter que dispor.

A situação revela um preocupante problema de planejamento e execução por parte da empresa. A constante reinauguração da mesma etapa da obra mostra graves falhas, colocando em xeque a capacidade técnica da MRS em realizar até mesmo a manutenção de rotina com qualidade e respeito ao público.

Entre os mais prejudicados, estão os pedestres com mobilidade reduzida. Imagens e relatos recentes mostram como cadeirantes enfrentam grandes dificuldades — atravessar a linha férrea, que deveria ser um ato simples e seguro, transformou-se em um desafio que expõe a falha do projeto em garantir acessibilidade verdadeira. A travessia, que deveria facilitar o deslocamento, tornou-se um obstáculo perigoso e humilhante para muitos.

O impacto no trânsito local é outro ponto alarmante. O vai e vem das interdições não apenas complica o fluxo de veículos e pessoas, mas também prejudica o comércio e o cotidiano da população. A falta de uma gestão eficiente da obra compromete significativamente o dia a dia de Pindamonhangaba, mostrando que o montante investido não se traduz em benefício real.

É urgente que a MRS Logística reveja sua estratégia e execuções, evitando prolongar o sofrimento de quem depende dessa travessia diariamente. Investimentos volumosos precisam se converter em obras planejadas, executadas com competência e respeito às necessidades do cidadão.

Enquanto isso não acontece, os transtornos e a sensação de descaso persistem, revelando que nem sempre o dinheiro é sinônimo de qualidade, principalmente quando falta compromisso e eficiência.

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