Falta de Efetivo Policial em Pindamonhangaba, Berço do Vice-presidente Alckmin, Agrava Furtos e Roubos de Motos em 2025


Pindamonhangaba, cidade natal do vice-presidente da República Geraldo Alckmin, vive um paradoxo na segurança pública: avanços estatísticos oficiais contrastam com a percepção de insegurança da população, impulsionada pela falta crônica de efetivo na Polícia Militar (PM) e Guarda Civil Municipal (GCM). Relatos de furtos frequentes em residências, roubos de motocicletas – quase duas por dia – e barulhos excessivos de escapamentos adulterados dominam as reclamações em redes sociais e grupos locais, com praças centrais abandonadas à noite e periferias como Moreira César e Araretama sem patrulhamento efetivo.

Dados da SSP-SP: Quedas Gerais, Mas Vulnerabilidades Persistem

De acordo com balanços da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), Pindamonhangaba registrou quedas expressivas na criminalidade em 2025. No primeiro semestre, homicídios caíram 16% (16 casos de janeiro a julho contra 19 em 2024), furtos gerais diminuíram 3% e roubos 8%, graças à integração entre PM e GCM, além de 1.200 câmeras de videomonitoramento instaladas pela Prefeitura. A Operação Tolerância Zero, lançada em julho, realizou 867 abordagens a motocicletas, resultando em 318 multas por irregularidades como escapamentos modificados, que geram poluição sonora e facilitam fugas criminosas.

No entanto, números regionais do Vale do Paraíba pintam um quadro preocupante: furtos de veículos chegam a seis por dia (um a cada 4 horas), com Pindamonhangaba se destacando por desmanches ilegais em bairros periféricos. Em outubro, a Polícia Civil recuperou três motos roubadas no Araretama, mas a receptação impulsiona o ciclo de crimes, alimentado pela demanda de peças baratas. Agosto trouxe redução de 35% em furtos e 17% em roubos em comparação a 2024, mas denúncias persistem: invasões residenciais noturnas e “foguetes” de motos aterrorizando famílias.

População Cobra Reforços: GCM Sobrecarregada e PM com Déficit

A reestruturação da GCM, sob comando do Cel. Paulo Henrique Carvalho, incluiu escalas noturnas (18h às 3h), nova sede da Defesa Civil e patrulhas ostensivas, mas o efetivo limitado – estimado em menos de 100 guardas para 170 mil habitantes – não atende à demanda. Moradores reclamam de resposta lenta a chamados, com motos barulhentas circulando impunes e furtos em casas vazias durante o dia. Redes sociais fervem com vídeos de praças desertas e apelos por mais policiais, pressionando autoridades locais por contratações urgentes.

A PM-SP, responsável pelo policiamento ostensivo, enfrenta déficit estadual crônico, agravado por aposentadorias e realocações para São Paulo capital, onde furtos subiram em 2025. Em Pinda, a ausência de viaturas em horários de pico agrava a sensação de abandono, apesar de operações pontuais como a recuperação de veículos roubados.

Berço de Alckmin Exige Ação Federal e Estadual

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