A campanha de fim de ano da Havaianas, estrelada por Fernanda Torres, gerou forte reação de grupos conservadores que interpretaram a frase “prefiro começar o ano com os dois pés” como ataque à direita política, levando a chamadas de boicote nas redes sociais. Surpreendentemente, as ações da Alpargatas (ALPA4), controladora da marca, registraram alta de 3,76% na terça-feira (23), alcançando R$ 11,85, após breve queda de 2,7% no dia anterior, com valorização acumulada de 113,18% em 2025.
O comercial, veiculado em dezembro de 2025, mostra Fernanda Torres rejeitando o “pé direito” em favor dos “dois pés”, o que viralizou e dividiu opiniões. Políticos como Eduardo Bolsonaro incentivaram o boicote, com sugestões irônicas como pular em um pé só diante das lojas, enquanto o perfil da Havaianas ganhou mais de 150 mil seguidores no Instagram em 48 horas, superando 4,3 milhões.
Apesar da controvérsia, a Alpargatas recuperou terreno na B3, elevando seu valor de mercado para cerca de R$ 7,3 bilhões. O histórico volátil das ações mostra quedas consecutivas de 2021 a 2024 (até 59% em 2022), mas 2025 marca uma inversão forte, sinalizando resiliência mesmo com o boicote. Lojas físicas, como em Campo Grande, relataram vendas aquecidas acima de R$ 20 mil diários na véspera de Natal, ignorando as críticas ideológicas.
A Ipanema, rival direta, explodiu com 440 mil novos seguidores em 24 horas, recebendo apoio de perfis conservadores com frases como “entrar no ano novo pela direita”. Enquanto isso, a polêmica impulsionou visibilidade para ambas as marcas, transformando marketing em debate nacional.




