Policiais do 3º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), unidade de elite da Polícia Militar de São Paulo, prenderam na manhã desta quinta-feira (11) um suspeito por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, durante a Operação Tripla Fronteira. A ação ocorreu por volta das 6h20, no bairro Jardim Santa Terezinha, área conhecida por ocorrências de tráfico e criminalidade organizada na região do Vale do Paraíba.
O arsenal apreendido impressiona pela sofisticação:
- Uma pistola IWI Masada 9mm com numeração raspada e seletor de rajada (arma semiautomática israelense de uso exclusivo de forças militares e policiais especializadas, avaliada em cerca de R$ 10 mil no mercado negro).
- Um carregador extra de pistola.
- 25 munições intactas calibre 9mm.
- R$ 12.885 em espécie, provavelmente fruto de atividades ilícitas.
- Dois iPhones (modelos não especificados, possivelmente usados para coordenação criminosa).
- 54 mil eppendorfs (pequenos tubos plásticos usados para fracionar e distribuir drogas como cocaína).
A prisão faz parte de uma série de operações da PM na região, que já resultaram em mais de 50 apreensões de armas e 200 quilos de entorpecentes em Aparecida e cidades vizinhas só em 2025, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP). O bairro Jardim Santa Terezinha, em Aparecida, registra alta incidência de furtos e tráfico, com 15% das ocorrências policiais locais concentradas ali.
O suspeito, cujos dados pessoais não foram divulgados pela corporação, foi encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária de Aparecida, onde a ocorrência foi registrada pelo artigo 16 da Lei de Desarmamento (posse ilegal de arma de uso restrito), além de possível associação ao tráfico de drogas pelo artigo 33 da Lei 11.343/2006. As investigações prosseguem para identificar compradores da arma e rede de distribuição.
A Operação Tripla Fronteira, coordenada pelo Comando de Policiamento do Interior 1 (CPI-1), visa coibir o fluxo de armas e drogas vindas do Paraguai e Bolívia via fronteiras sulistas, com foco no Vale do Paraíba como rota de entrada para o Litoral Norte. “Estamos desarticulando células criminosas que ameaçam a segurança pública”, afirmou o tenente-coronel responsável pelo BAEP em nota oficial.





