Feriado à vista, somado à previsão de mau tempo: a Marinha do Brasil emitiu, na terça-feira, 18, um alerta sobre a passagem de uma frente fria que poderá afetar a faixa litorânea entre os estados do Paraná e do Rio de Janeiro, com ventos de direção Sudoeste a Sul e intensidade de até 65 km/h (35 nós), válido até a noite do dia 19. Diante desse cenário, em que podem acontecer eventuais quedas de energia ou imprevistos, você sabe como é o protocolo realizado pela Vigilância Epidemiológica (Viep)para manter a conservação dos imunizantes disponíveis no município?
Nos últimos anos, a logística operacional da Viep foi aprimorada. Em casos de alerta de tempestade ou riscos de instabilidade elétrica, a Vigilância ativa um plano de contingência que prevê o recolhimento de todas as vacinas do município no menor tempo possível. “O transporte é realizado pelo veículo oficial do setor, com apoio de profissionais das equipes de Controle de Endemias, o que permite agilidade durante emergências. Essa retirada preventiva também ocorre em feriados prolongados nas unidades que, historicamente, apresentam maior risco de queda de energia, mesmo sem alerta climático”, explicou a enfermeira coordenadora da Viep, Alyne Ambrogi.
O rigor técnico permanece como prioridade. Toda a rede tem controle de temperatura 24 horas por dia e utiliza dois sistemas simultâneos de monitoramento. Caso qualquer unidade registre temperatura inferior a 2°C ou superior a 8°C, as vacinas são automaticamente retiradas de uso para evitar perda de eficácia. Segundo a Vigilância Epidemiológica, todas essas medidas têm como objetivo garantir a segurança do paciente e a efetividade da vacinação, pois a vacina é a principal ferramenta de prevenção, controle de doenças e proteção coletiva.
Investimentos
Para garantir esse funcionamento, a Viep reforçou sua estrutura voltada à conservação de vacinas, fortalecendo a chamada rede de frio, responsável por garantir que os imunizantes sejam mantidos entre 2°C e 8°C desde a chegada ao município até o momento da aplicação. Com a aquisição de três novas câmaras frias de última geração, um veículo exclusivo para o transporte das vacinas e a implantação de um gerador de alta capacidade, o município conseguiu reduzir de forma significativa as perdas vacinais. A taxa, que já chegou a 16 ocorrências caiu para 12 e, neste ano, aconteceu foi registrada apenas duas vezes. Em valores financeiros, o prejuízo diminuiu de aproximadamente 700 mil reais para 18 mil reais, resultado considerado histórico pela equipe técnica.
A nova estrutura se consolidou em 2024, quando foram completados os investimentos, incluindo reforma na sala de vacinação da própria Viep e instalação de novos equipamentos, como câmaras frias e de ar-condicionado, um gerador e, ainda, um veículo próprio para o setor – estimando-se um investimento na casa dos R$300 mil reais.
“Em um episódio recente, em que a cidade enfrentou mais de 26 horas de interrupção elétrica, toda a rede foi preservada graças ao equipamento e ao monitoramento contínuo realizado pelos profissionais da Vigilância. O nosso gerador passa por manutenção semanalmente, o que garante funcionamento constante em situações de queda de energia”, comentou Alyne.
“Além de garantir a eficácia dos imunizantes, o armazenamento que segue as diretrizes da Anvisa e do Ministério da Saúde mantém a confiança da população no sistema de Saúde. Conservar uma sala de vacinas conforme as normas vigentes é um compromisso com a saúde pública e uma etapa importante na prevenção de doenças”, finalizou a enfermeira.




