Inflação desacelera em julho, fica em 0,26% e alimentos recuam pelo segundo mês
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou julho com alta de 0,26%, informou hoje (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa leve desaceleração em relação a junho (0,30%) e foi influenciado principalmente pela queda dos preços de alimentos e bebidas, que recuaram 0,28% no segundo mês consecutivo de baixa.
Com o dado de julho, a inflação acumula 2,96% em 2025 e 3,83% nos últimos 12 meses, mantendo-se abaixo do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano.
Alimentos e bebidas
O grupo alimentos e bebidas exerceu o maior efeito de contenção no índice geral, com impacto de -0,06 ponto percentual. Entre as quedas mais relevantes estão leite longa vida (-4,3%), carnes (-1,5%), frango em pedaços (-2,1%) e frutas (-1,9%). A alimentação fora do domicílio, porém, avançou 0,36%, puxada pelas altas de 0,44% na refeição e 0,27% no lanche.
Transportes
Transportes subiram 1,19% e responderam por 0,25 p.p. da taxa de julho. A principal pressão veio da gasolina, que ficou 2,04% mais cara. Houve altas ainda em passagens aéreas (4,7%) e em seguro de veículo (1,8%). Já o etanol recuou 0,9% no mês.
Habitação
O grupo habitação registrou aumento de 0,74%, influenciado pelas variações positivas na energia elétrica residencial (1,04%) e na taxa de água e esgoto (0,93%). Aluguel residencial teve alta de 0,46%.
Demais grupos
Entre os demais grupos, saúde e cuidados pessoais avançou 0,32%, pressionado por produtos farmacêuticos (0,55%). Vestuário (-0,08%) e comunicação (-0,12%) contribuíram para conter a inflação do mês.
Abrangência
O IPCA mede a variação de preços de produtos e serviços consumidos por famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos em 16 regiões metropolitanas e no Distrito Federal, no período de 1º a 31 de julho. O resultado de agosto será divulgado pelo IBGE em 6 de setembro.