“Liberdade em Xeque: Paulo Figueiredo Expõe Perseguição Transnacional e Pede Sanções Contra Moraes no Congresso dos EUA”

Paulo Figueiredo, jornalista brasileiro radicado nos Estados Unidos há mais de uma década, foi ouvido nesta terça-feira (24) pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados dos EUA, onde denunciou o que chamou de “repressão transnacional” promovida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em inglês impecável, Figueiredo relatou sua própria experiência de perseguição, incluindo inclusão em lista vermelha da Interpol, bloqueio de contas bancárias, suspensão de redes sociais, cancelamento de passaporte e um suposto mandado de prisão secreto, tudo sem ter sido formalmente acusado no Brasil, o que, segundo ele, inviabiliza sua defesa.

Veja o video abaixo no canal Paulo Figueiredo

Durante a audiência, Figueiredo destacou que se sente seguro como jornalista nos Estados Unidos, descrevendo o país como “o mais livre do mundo”, em contraste com o ambiente que diz existir no Brasil sob as decisões de Moraes. O depoimento foi marcado por embates com o deputado democrata James P. McGovern, que ironizou a fala de Figueiredo e ressaltou desafios à democracia também nos EUA, demonstrando que o tema da repressão é sensível em ambos os países.

Figueiredo citou outros casos que, segundo ele, evidenciam uma escalada autoritária no Brasil: Alan dos Santos, Carla Zambelli, Rodrigo Constantino, Michael Shellenberger, Eduardo Bolsonaro, Elon Musk e Chris Pavlovsky (CEO da Rumble) teriam sido alvos diretos ou indiretos de decisões de Moraes. Ele também acusou o ministro de tentar transformar empresas americanas em instrumentos de repressão, mencionando bloqueios de contas e ameaças jurídicas contra plataformas como Meta, Rumble, Tizzi e X (Twitter).

No encerramento, Figueiredo pediu que o Congresso dos EUA:

  • Pare de considerar alertas vermelhos da Interpol para pedidos de visto;
  • Pressione a Interpol por critérios mais rigorosos contra perseguições políticas;
  • Crie exceções de asilo para vítimas de repressão transnacional;
  • Aplique sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky;
  • Aprove legislação específica para combater a repressão transnacional como prioridade bipartidária12.

O tema da repressão transnacional tem ganhado destaque nos EUA, especialmente em casos envolvendo dissidentes de regimes autoritários. A atuação de Figueiredo, ao lado de Eduardo Bolsonaro, busca pressionar o governo americano a adotar sanções contra autoridades brasileiras, numa tentativa de chamar atenção internacional para o que classificam como violações de direitos humanos e ataques à liberdade de expressão.

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