Governo Lula é criticado por grupo pró-Israel após postura ambígua na crise Israel-Irã

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado críticas de setores parlamentares alinhados à direita, especialmente do grupo parlamentar Brasil-Israel, que reúne senadores e deputados federais, pela postura considerada ambígua diante da escalada do conflito entre Israel e Irã.

Enquanto o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota oficial condenando os ataques israelenses contra o Irã, classificando-os como “violação da soberania” e pedindo contenção, o grupo parlamentar Brasil-Israel manifestou “indignação” com o que chamou de “alinhamento do governo brasileiro aos que disseminam o terror”. Para esses parlamentares, o Brasil deveria se posicionar claramente ao lado de Israel, uma “nação livre e democrática”, diante das ameaças iranianas.

A nota do grupo parlamentar criticou o governo por não demonstrar solidariedade suficiente a Israel, que enfrenta ataques com mísseis e drones lançados pelo Irã em retaliação às ofensivas militares israelenses contra instalações nucleares e militares iranianas. Para os membros do grupo, a postura do governo Lula representa um “erro estratégico” que fragiliza a imagem do Brasil no cenário internacional e pode prejudicar alianças importantes.

Por sua vez, o governo brasileiro mantém uma linha diplomática que enfatiza o respeito à soberania nacional e o apelo à contenção, buscando evitar uma escalada maior no Oriente Médio, região historicamente volátil. O Itamaraty reforçou o pedido para que todas as partes envolvidas cessem as hostilidades e retomem o diálogo, destacando a preocupação com os impactos humanitários e econômicos do conflito.

A divergência entre a posição oficial do governo e a crítica do grupo parlamentar Brasil-Israel reflete a polarização interna sobre a política externa brasileira e os desafios de equilibrar relações diplomáticas em um cenário internacional complexo e tenso.

Enquanto isso, a crise entre Israel e Irã continua a se agravar, com ataques mútuos que colocam em risco a estabilidade regional e atraem a atenção das potências globais, incluindo os Estados Unidos, que reafirmaram seu apoio a Israel. O Brasil, por sua vez, navega entre a defesa da paz e a pressão por alinhamentos estratégicos, em um momento delicado para sua política externa.

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