Vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, e uma comitiva de prefeitos paulistas tiveram que cancelar uma viagem ao Oriente Médio e retornar ao Brasil após a escalada do conflito entre Israel e Irã. O grupo, que incluía sete prefeitos, entre eles Anderson Farias (São José dos Campos), Caê (Campos do Jordão) e Junior Filippo (Guaratinguetá), viajava para participar de eventos focados em tecnologia e meio ambiente em Israel, com uma agenda prevista para sete dias.
Os ataques de Israel ao Irã ocorreram na madrugada de sexta-feira (horário local), com bombardeios em infraestruturas nucleares iranianas, resultando na morte de líderes militares iranianos e cientistas nucleares. O Irã respondeu lançando mais de 100 drones contra o território israelense, levando Israel a declarar emergência e fechar seu espaço aéreo.
A comitiva de São Paulo foi alertada sobre o fechamento do espaço aéreo israelense enquanto fazia conexão em Paris, o que impossibilitou a continuação da viagem. O vice-governador Ramuth informou que o grupo soube dos ataques durante o voo, e precisou buscar hospedagem em Paris para aguardar a remarcação do retorno ao Brasil, previsto para domingo (15).
O prefeito de Campos do Jordão, Caê, que fez escala em Madrid, relatou ter recebido a notícia do cancelamento da viagem devido à guerra e classificou a situação como um “livramento”, destacando a incerteza sobre o retorno caso estivessem em Israel. O prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias, também comentou que foi acordado no voo pelo vice-governador para ser informado dos ataques e lamentou não ter chegado a Israel, ressaltando o desejo pela busca da paz.
Além da comitiva paulista, outros prefeitos brasileiros que estavam em Israel, como o chefe do executivo de Belo Horizonte, Álvaro Damião, permaneceram no país, enfrentando a situação de conflito e aguardando definição para retorno.
O prefeito de São Vicente, Kayo Amado, que faria parte da comitiva mas seguiu rota diferente, ficou retido em Barcelona após saber do conflito e também classificou a situação como um “livramento”, expressando o desejo de retornar logo para a família.
Em resumo, a viagem oficial do vice-governador e prefeitos de São Paulo ao Oriente Médio foi abortada devido ao conflito entre Israel e Irã, com o grupo retornando ao Brasil em segurança após o cancelamento das agendas no país.