O estado de São Paulo já contabiliza 44 casos confirmados de febre de Oropouche em 2025, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). A doença viral, transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis — conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora —, tem sintomas semelhantes aos da dengue, como dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.
Os casos foram registrados principalmente na região de Registro (incluindo municípios como Cajati, Juquiá, Miracatu, Eldorado, Pedro de Toledo, Itariri e Sete Barras) e no litoral Norte, em Ubatuba. Uma morte está em investigação no estado, o que eleva a preocupação das autoridades de saúde.
No Brasil, a febre de Oropouche já atingiu mais de 10 mil casos em 2025, um aumento de mais de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. O Espírito Santo lidera os registros, seguido pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba e Ceará. Em 2024, o país registrou as primeiras mortes pela doença no mundo, e neste ano já foram confirmados quatro óbitos, três no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo.
A febre de Oropouche é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus e, além do maruim, outros mosquitos também podem transmitir o vírus em áreas urbanas e silvestres. A doença pode se espalhar rapidamente em regiões onde o vetor está presente, e a Organização Pan-Americana da Saúde já emitiu um alerta epidemiológico de alto risco para a febre de Oropouche no continente.
Como se prevenir:
- Uso constante de repelentes
- Utilização de roupas que cubram braços e pernas
- Evitar locais com grande presença de mosquitos
- Manter ambientes limpos e sem água parada, que favorecem a proliferação dos vetores
Sintomas da febre de Oropouche:
- Dor de cabeça intensa
- Dor muscular
- Náusea
- Diarreia
- Febre alta
Diante do aumento expressivo dos casos e do risco de surto, a população deve redobrar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor e procurar atendimento médico imediato caso apresente sintomas compatíveis com a doença.
As autoridades de saúde reforçam a importância da vigilância epidemiológica e da conscientização comunitária para conter a disseminação da febre de Oropouche e evitar uma possível epidemia no estado de São Paulo e em outras regiões do país.