Lula apela a Putin para estender cessar-fogo na guerra da Ucrânia

Se nem o tráfico de drogas ele acaba, que dirá uma guerra?

Em visita a Moscou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao presidente Vladimir Putin para ampliar o cessar-fogo unilateral decretado pela Rússia na guerra contra a Ucrânia. O pedido é para que a trégua, inicialmente de três dias, seja estendida para 30 dias, numa tentativa de abrir caminho para negociações de paz.

Mas, diante desse gesto nobre, fica a pergunta: se nem o tráfico de drogas – um problema crônico e persistente aqui no Brasil – Lula consegue acabar, que esperança há de ele convencer Putin a parar uma guerra que já dura anos e envolve interesses geopolíticos gigantescos?

Enquanto o presidente brasileiro defende a diplomacia e pede paz, o país enfrenta diariamente a violência e o caos gerados pelo tráfico, que parece imbatível. Milhares de vidas são perdidas, comunidades inteiras vivem sob o domínio do crime organizado, e as soluções parecem sempre distantes.

É quase como pedir para um motorista que não consegue controlar o trânsito da própria cidade para organizar uma corrida internacional de Fórmula 1 – a tarefa é gigantesca e cheia de obstáculos. Lula, que insiste na importância do diálogo e da negociação, sabe que a paz mundial é um desafio monumental. Porém, a ironia não escapa: se nem o tráfico interno ele consegue frear, como esperar que um cessar-fogo russo se mantenha?

Putin, por sua vez, recebeu o apelo com cordialidade, mas não deu sinais claros de que estenderá a trégua. A guerra segue, enquanto o Brasil segue lutando contra seus próprios “conflitos internos” – onde o tráfico de drogas é um dos mais difíceis de resolver.

No fim das contas, a mensagem é clara: a paz, seja local ou global, é um objetivo complexo, que exige muito mais do que bons discursos. E talvez, antes de tentar resolver guerras do outro lado do mundo, seja preciso olhar para as batalhas que acontecem dentro de casa.

Via:ACM

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