Os denunciados por tentativa de golpe no chamado “núcleo 4” têm apresentado suas versões e argumentos diante das acusações que pesam sobre eles. As defesas, em geral, contestam a narrativa do Ministério Público e das autoridades responsáveis pela investigação, alegando falta de provas concretas, distorção de fatos e até perseguição política.
- Negativa de participação: A maioria dos acusados afirma que não participou de qualquer articulação golpista e que suas ações foram interpretadas de forma equivocada pelas autoridades.
- Atuação dentro da legalidade: Advogados de defesa sustentam que todos os atos praticados pelos denunciados estavam dentro dos limites da lei e do direito à livre manifestação, garantido pela Constituição Federal.
- Falta de provas: Um dos pontos mais citados é a ausência de provas materiais que comprovem a intenção ou a efetiva tentativa de golpe por parte dos investigados. Segundo as defesas, as acusações se baseiam em suposições e interpretações subjetivas.
- Perseguição política: Alguns denunciados alegam que o processo tem motivações políticas e que estão sendo usados como exemplo para intimidar opositores ou movimentos de contestação ao governo.
- Pedidos de arquivamento: Em diversos casos, as defesas já protocolaram pedidos de arquivamento das denúncias, argumentando que não há elementos suficientes para justificar a abertura de ação penal.
Em nota, os advogados dos principais envolvidos afirmam que confiam na Justiça e que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para garantir o direito de defesa e o devido processo legal. Eles ressaltam que qualquer tentativa de criminalizar manifestações políticas pacíficas representa um risco à democracia e às liberdades individuais.
O processo segue em tramitação, com a análise das respostas das defesas e a possibilidade de novas diligências. O Judiciário deverá decidir, nas próximas semanas, se aceita ou não as denúncias e se os acusados irão a julgamento.
O caso do núcleo 4 segue gerando repercussão nacional, com opiniões divididas entre a necessidade de punir eventuais excessos e a garantia dos direitos fundamentais dos acusados. As defesas seguem firmes na tentativa de demonstrar inocência e afastar a tese de golpe, apostando no contraditório e na ampla defesa como pilares do Estado de Direito.