Um adolescente de 16 anos foi encaminhado à Fundação Casa após produzir vídeos e fotos abusando sexualmente do irmão de 5 anos em São Paulo. O crime, ocorrido no bairro Paraisópolis (Zona Sul), foi descoberto durante operação da Polícia Federal que prendeu um homem por posse de pornografia infantil.
As investigações revelaram que o material apreendido incluía registros do menino, levando à identificação do autor.
Detalhes da manipulação
A polícia descobriu, com base em trocas de mensagens no app Zangi, que o adolescente acreditava conversar com uma jovem, para quem enviava os conteúdos criminosos. O perfil, porém, era administrado por um homem identificado como Gabriel, preso pela PF no ano passado. O criminoso usou a falsa identidade para convencer o jovem a estuprar o irmão “mais de uma vez”, segundo os vídeos apreendidos.
- App utilizado: O Zangi oferece criptografia que impede até mesmo a equipe da plataforma de acessar conversas, dificultando a fiscalização.
- Descoberta: A PF rastreou parte do material pedófilo até São Paulo durante operação em 2024. O adolescente foi localizado após análise dos arquivos.
- Cumplicidade digital: Gabriel instruía o jovem sobre ângulos e poses para os vídeos, explorando sua vulnerabilidade emocional.
- Adolescente: Responderá por ato infracional análogo ao estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), com internação na Fundação Casa até o julgamento.
- Gabriel: Já está preso e deve responder por posse e produção de pornografia infantil (Lei 11.829/08).
Os pais, que não tinham conhecimento dos abusos, receberam apoio psicossocial. A criança foi submetida a exames médicos que confirmaram violência sexual.
Especialistas destacam os riscos de plataformas como o Zangi, que atraem criminosos devido à privacidade extrema. Recomenda-se:
Denúncias: Disque 100 ou conselhos tutelares devem ser acionados ao menor sinal de comportamento suspeito