O estado de São Paulo enfrenta uma grave crise de saúde pública devido ao aumento significativo dos casos de dengue. Em 2025, foram registrados 117.502 casos confirmados e 104 óbitos relacionados à doença, levando o governo paulista a considerar a declaração de emergência em todo o território estadual. Essa medida é adotada quando a taxa de incidência atinge 300 casos para cada 100 mil habitantes, um índice que foi alcançado em março do ano passado. O decreto permitirá que os gestores públicos agilizem a destinação de recursos para ações de combate à dengue, sem a necessidade de licitação, facilitando a resposta rápida à epidemia.
A Situação Atual da Dengue em São Paulo
Os dados mais recentes indicam que o estado concentra quase 60% dos casos de dengue registrados no Brasil, com um total de 132.660 casos prováveis até o início de fevereiro2. A situação é alarmante, pois a média atual é de 264,3 casos por 100 mil habitantes, com outros 81,7 mil casos ainda sob investigação. As regiões mais afetadas incluem Araçatuba e São José do Rio Preto, onde as autoridades sanitárias têm intensificado as fiscalizações em locais como borracharias e outros pontos que podem servir como criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
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A comparação com o ano anterior é preocupante: nas cinco primeiras semanas de 2025, os casos de dengue aumentaram drasticamente em relação ao mesmo período de 2024. Enquanto isso, as mortes confirmadas pela doença chegaram a 104, com outras 226 sob investigação. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram que a mortalidade entre os casos graves é alarmante, com uma em cada quatro pessoas afetadas não sobrevivendo à doença.
Medidas de combate e prevenção
Diante desse cenário crítico, especialistas ressaltam que além das tradicionais medidas preventivas — como evitar água parada para impedir a proliferação do mosquito — a vacinação é uma estratégia eficaz para reduzir a gravidade da dengue. O governo paulista tem enfatizado a importância da vacinação e do monitoramento constante dos casos suspeitos.
As autoridades também estão implementando ações emergenciais para melhorar a vigilância epidemiológica e garantir que os testes rápidos para detecção do vírus da dengue estejam disponíveis em quantidade suficiente nos serviços de saúde3. A contratação de empresas para fornecer esses testes está sendo facilitada pela dispensa de licitação prevista no novo decreto.
Desafios e expectativas
A situação atual exige uma resposta rápida e coordenada das autoridades estaduais e municipais. O aumento expressivo no número de casos e óbitos gerou preocupações não apenas entre os profissionais da saúde, mas também na população em geral. As campanhas educativas sobre prevenção e controle da dengue precisam ser intensificadas para conscientizar os cidadãos sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito.
Além disso, o governo deve trabalhar em parceria com as prefeituras para garantir que as medidas emergenciais sejam implementadas efetivamente. O reforço nas ações de fiscalização e controle é crucial para conter a propagação da doença nas áreas mais afetadas.
A declaração de emergência para dengue em São Paulo é um passo necessário diante da gravidade da situação. Com um número alarmante de casos confirmados e mortes associadas à doença, é imperativo que as autoridades atuem rapidamente para mitigar os impactos dessa epidemia. A combinação de medidas preventivas eficazes, vacinação e gestão ágil dos recursos públicos pode ajudar a controlar essa crise sanitária e proteger a saúde da população paulista.
As próximas semanas serão cruciais para avaliar a eficácia das ações implementadas e garantir que o estado consiga reverter essa tendência crescente dos casos de dengue. A colaboração entre governo, profissionais da saúde e cidadãos será fundamental para enfrentar esse desafio coletivo.
