𝗡𝗲𝘄 𝗬𝗼𝗿𝗸 𝗧𝗶𝗺𝗲𝘀 𝗲𝘅𝗽𝗼̃𝗲 𝗮𝗰𝘂𝘀𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗴𝗿𝗮𝘃𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗔𝗹𝗲𝘅𝗮𝗻𝗱𝗿𝗲 𝗱𝗲 𝗠𝗼𝗿𝗮𝗲𝘀 𝗲 𝗮𝘃𝗮𝗹𝗶𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗵𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗰𝗮𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗘𝗨𝗔

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi colocado sob forte ataque da imprensa internacional e da administração americana, conforme reportagens do renomado jornal The New York Times . A publicação lista uma série de acusações graves feitas contra Moraes, principalmente relacionadas à sua condução de processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e ao controle específico sobre as redes sociais no Brasil.

Segundo o NYT, Moraes é acusado de promover uma verdadeira censura digital, ordenando a remoção de conteúdos e o bloqueio de contas e veículos de comunicação contrários ao atual governo. Além disso, é apontado por condução de processos de forma politizada — incluindo prisões consideradas arbitrárias e transparentes sobre assuntos de direitos humanos — no âmbito do inquérito que mira Bolsonaro e seus aliados. O jornal destaca que essas medidas deram início a uma crise diplomática sem precedentes entre Brasil e Estados Unidos.

Esse conjunto de acusações levou o governo do então presidente Donald Trump a impor avaliações econômicas e diplomáticas contra Moraes por meio da Lei Global Magnitsky, destinada a punir estrangeiros envolvidos em corrupção e transparência de direitos humanos. Entre as sanções estão o congelamento de bens nos EUA, restrições de acesso ao país e proibição de transações financeiras com cidadãos americanos. Essas avaliações marcaram uma escalada sem precedentes na pressão americana sobre figuras brasileiras ligadas ao que Trump chamou de “ataques autoritários”.

Além das análises, o Departamento de Justiça dos EUA chegou a enviar uma carta ao ministro criticando diretamente suas ordens para bloquear plataformas americanas no Brasil, como o Rumble, alegando que Moraes não tem autoridade para obrigar empresas sediadas nos EUA a cumprirem decisões judiciais brasileiras. A plataforma, aliada à Trump Media, entrou com processos na Justiça americana alegando censura.

A imprensa americana relacionou ainda as avaliações a uma política comercial rigorosa do governo Trump, que incluía tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, vinculando diretamente essa medida à condução firme de Moraes contra Bolsonaro, aliado do ex-presidente americano. O caso é interpretado como uma vitória para Bolsonaro e seus seguidores, ao mesmo tempo em que aprofunda a divisão política interna do Brasil.

Alexandre de Moraes tornou-se uma das figuras mais polarizadoras do cenário jurídico e político brasileiro. Para os seus críticos, ele personifica um excessivo autoritarismo judicial e abuso de poder, enquanto seus defensores o veem como um pilar para a defesa da ordem constitucional e o combate à desinformação.

Esse episódio repercutiu na diplomacia hemisférica, levantando debates sobre soberania, direitos humanos e o papel da Justiça no Brasil, enquanto a administração Trump reforçou sua postura de combate a regimes e ações consideradas autoritárias na América Latina.

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