Setembro Verde: 10 Anos de Conscientização sobre a Doação de Órgãos em São Paulo

Notícia publicada em: 10 de setembro de 2024

O mês de setembro marca uma importante iniciativa no estado de São Paulo, o “Setembro Verde”, que celebra uma década de conscientização sobre a doação de órgãos. Aprovada pela Lei 15.463/2014 na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por iniciativa do deputado Gilmaci Santos (Republicanos), a campanha visa desmistificar o tema e incentivar a doação de órgãos e tecidos.

Atualmente, São Paulo conta com cerca de 21,8 mil pessoas na fila de espera por transplantes de órgãos vitais, como fígado, coração, pulmão, e córneas. Essas vidas podem ser salvas por doações, que ainda enfrentam desafios relacionados à falta de informação e mitos.

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Olga Brigida Schekiera, cofundadora do Instituto Deixe Vivo, usa sua própria experiência como paciente renal e transplantada para conscientizar sobre a importância das doações. Ela relata que, após anos na fila de espera, conseguiu um transplante e desde então dedica-se à causa. Entre as ações do Instituto, está o podcast “Deixe Vivo Talks”, que promove discussões sobre saúde renal e transplantes.

O professor Fernando Aith, da Faculdade de Saúde Pública da USP, defende que campanhas educativas, regionalização da estrutura para transplantes e capacitação de profissionais de saúde são essenciais para diminuir as filas e aumentar a eficácia das doações. Ele enfatiza a importância da comunicação adequada com as famílias no momento da perda, visto que apenas a família pode autorizar a doação, salvo exceções.

Além disso, novos projetos de lei estão em tramitação na Alesp para incentivar a doação, como o PL 1586/2023, que propõe a implementação de uma Política Estadual de Conscientização sobre Doação e Transplantes, e o PL 1668/2023, que propõe gratuidade no transporte público para doadores.

A campanha Setembro Verde é uma oportunidade de promover discussões e políticas públicas para salvar vidas. Apesar dos avanços, o deputado Gilmaci Santos reconhece que ainda há muito a ser feito para ampliar a conscientização e transformar a realidade da doação de órgãos no estado.

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