Queima de fogos pode prejudicar saúde de pessoas com deficiência

Notícia publicada em: 31 de dezembro de 2021

Com a chegada das festas de fim de ano, muitas pessoas esperam ansiosamente para a tradicional queima de fogos de artifício no  Ano Novo. Mas, apesar da beleza, o espetáculo de luzes e barulhos pode ser prejudicial à saúde de diversas pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

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Segundo dados do CDC (Centro de Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, a prevalência do Transtorno do Espectro Autista é de 1 em cada 54 crianças. A psicóloga Priscilla Martins, do Instituto Castro, explica que para este grupo de pessoas a tradição pode significar um verdadeiro pesadelo.

Além disso, a especialista destaca que o barulho dos fogos também pode ser um incômodo para idosos e pessoas com alguma dificuldade para ter o controle de suas emoções.

“As vítimas destes sons tendem a apresentar comportamentos de estresse muito alto, visto que a sensibilidade a ruídos traz muito desconforto, uma sensação que não se controla facilmente. É importante que estejam acompanhados e que possam sentir muita segurança no ambiente em que estiverem.”

A piscóloga ressalta que além dos fogos, há ainda outros sons comuns durante esses eventos de fim de ano que podem causar desconforto para essas pessoas.

“Qualquer manifestação e apresentação de ruídos pode remeter a elas uma sensação de medo ampliado, insegurança e falta de controle emocional. Estas sensações pode ser desencadeadas pelo barulho, que pode ser uma música muito alta, conversas, discussões, buzinas, apitos intermitentes, sirenes e outros ruídos.”

Para que esse problema seja evitado, Priscilla recomenda que se procure espaços com pouco barulho, onde exista pouca ou nenhuma possibilidade de ruído, a fim de não expor a pessoa a condições desconfortáveis.

“Caso não seja possível, vale buscar outras alternativas como os fones de ouvido anti-ruídos, incentivar o repouso, orientar a pessoa a dormir mais cedo e, principalmente, explicar sobre a possibilidade dos barulhos que a pessoa eventualmente estará exposta. Também é importante ficar perto, oferecer segurança e suporte a essas pessoas. São pequenos gestos que auxiliam o processo como um todo.”

FONTE  R7